Animais silvestres

O que fazer se você encontrar uma cobra dentro de casa?

Especialistas ouvidos pelo Correio explicam como os moradores devem proceder caso encontrem uma serpente na residência

Philipe Santos
postado em 14/09/2020 17:15 / atualizado em 14/09/2020 17:15
 (crédito: PMDF/Divulgação)
(crédito: PMDF/Divulgação)

O caso de uma cobra encontrada em um prédio, em Águas Claras, assustou moradores no último fim de semana. A Polícia Civil investiga como o animal foi parar no quarto andar do edifício. Especialistas ouvidos pelo Correio explicam como proceder caso alguém encontre uma serpente em casa.

A professora em animais silvestres da Universidade de Brasília (UnB) Líria Queiroz Luz Hirano diz que as pessoas devem evitar ao máximo irritar o animal. “Eles devem chamar um órgão ambiental, o Ibama ou o Corpo de Bombeiros. Não se deve tentar capturar o animal porque, pode ser perigoso”, afirma.

Hirano também explica que o ideal, se possível, é isolar o ambiente. “Se for um cômodo da casa, feche as portas, as janelas e qualquer local que ela possa entrar. Em caso de ambiente aberto, retire qualquer bicho de estimação de perto, porque ele pode querer mexer com a cobra”, conta.

Esse é o mesmo alerta que o major Adelino, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), faz e pede para a população ligar no 190. “As pessoas não devem chegar próximo e afastar os animais. As cobras dão botes muito rápidos e podem causar problemas graves”, explica.

Investigação

O major contou à reportagem que a Polícia Civil investiga o caso da cobra da espécie muçurana encontrada em um prédio em Águas Claras. “Para sabermos se ela veio da natureza ou se alguém a estava criando”, conta.

A serpente foi resgatada na noite deste domingo (13/9) pelos Policiais Militares da Central de Operações do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA). De acordo com os militares, após varredura em um apartamento, a cobra foi encontrada na sacada de uma unidade vizinha. O dono de um dos apartamentos afirmou que não sabia a origem da serpente. Nos dois locais, não havia nenhum indício de que a cobra era criada neles. 

Caso naja

Adelino não descartou, mas acredita ser muito cedo para falar que o caso possa ter alguma relação com a investigação que revelou, segundo a PCDF, um esquema de tráfico internacional de animais, após o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck Lehmukl, 22 anos, ser picado por uma cobra naja.

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