Saúde

Câncer de mama: 90% dos casos não têm origem genética, diz mastologista

Em entrevista ao CB.Saúde desta quinta-feira (22/10), o coordenador da mastologia do Hospital São Francisco de Ceilândia, Hudson Hiroshi Okano, esclareceu dúvidas sobre a doença

Caroline Cintra
postado em 22/10/2020 15:42 / atualizado em 22/10/2020 16:30
Coordenador da mastologia do Hospital São Francisco de Ceilândia, Hudson Hiroshi Okano esclareceu diversas dúvidas sobre o câncer de mama -  (crédito: Ana Rayssa/CB/DA Press)
Coordenador da mastologia do Hospital São Francisco de Ceilândia, Hudson Hiroshi Okano esclareceu diversas dúvidas sobre o câncer de mama - (crédito: Ana Rayssa/CB/DA Press)

Do total de casos de câncer de mama diagnosticados, 90% são adquiridos, os outros 10% são fatores genéticos, afirmou Hudson Hiroshi Okano, coordenador da mastologia do Hospital São Francisco de Ceilândia. Em entrevista ao CB.Saúde, uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, na tarde desta quinta-feira (22/10), o especialista informou que quem reduz a ingestão de álcool, pratica exercícios físicos e tem uma alimentação saudável, diminui em 28% as chances de ter a doença.

O mastologista explicou que o que é genético representa parcela reduzida e pacientes com histórico familiar da doença devem passar por um teste genético. “Caso dê alteração, a gente conversa com o paciente e vê o que pode ser feito de melhor. O paciente tem livre escolha, se quiser seguir acompanhamento rigoroso ou realizar a cirurgia”, disse Hudson.

Para ele, um dos maiores desafios durante a pandemia do novo coronavírus foi a baixa busca dos pacientes em tratamento pelos consultórios médicos. “A gente deve ter essa consequência real, porque a doença (câncer de mama) vai progredindo na medida que o paciente vai deixando de fazer seu tratamento oportuno na melhor hora. Acredito que, em breve, teremos o resultado dessa intervenção do vírus na rotina dos cirurgiões oncológicos”, disse. De acordo com o médico, a demora provocada pela pandemia para realizar os exames pode sobrecarregar os sistemas público e privado de saúde mais para frente.

O especialista esclareceu algumas dúvidas recorrentes em relação à doença e ressaltou que o câncer de mama pode atingir também os homens, embora esses diagnósticos representem 1% do total. “O homem quando está preste a descobrir, tem alterações parecidas com a mulher. Como a porcentagem é baixa, dificilmente o homem está preocupado”, afirmou o médico.

Ao perceber alguma alteração nas mamas, seja presença de caroço, secreção saindo dos mamilos, alteração na coloração das aréolas, um mastologista deve ser procurado imediatamente. “No caso das mulheres, o ginecologista é um aliado. Eles vão saber o momento de encaminhar ao mastologista”, destacou.

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