Saúde

Distrito Federal registra queda de 66% de casos prováveis de dengue

Em 2020, a capital registrou mais de 2,6 mil casos de dengue entre janeiro e fevereiro. Esse número reduziu em 66% em 2021. Durante operação, bombeiros orientaram moradores a combater a doença

Edis Henrique Peres
postado em 25/02/2021 14:20 / atualizado em 25/02/2021 14:20
Cruzeiro, Plano Piloto e Guará estão entre as regiões com maior queda no número de casos -  (crédito: Agência Brasília/Acácio Pinheiro)
Cruzeiro, Plano Piloto e Guará estão entre as regiões com maior queda no número de casos - (crédito: Agência Brasília/Acácio Pinheiro)

O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF) trouxe, na manhã de terça-feira (23/2), que o Distrito Federal registrou queda de 66% nos casos prováveis de dengue entre 1º de janeiro e 6 de fevereiro. No mesmo período do ano passado, eram 2.638 ocorrências da doença.

De acordo com o levantamento da pasta, entre as regiões administrativas que tiveram maior queda em relação com 2020 estão Cruzeiro, Plano Piloto, Fercal, Guará, Vicente Pires, Gama e Santa Maria. Ainda segundo a Saúde, 12 casos foram confirmados com sinais de alarme e nenhum óbito. No mesmo período, foram registradas duas mortes pela doença.

Na operação de combate ao mosquito Aedes aegypti, feita nesta terça-feira pelo Corpo de Bombeiro Militar do DF (CBMDF), 20 bombeiros orientaram moradores do Sol Nascente/Pôr do Sol sobre os devidos cuidados. A ação é parte de uma ampla campanha realizada por diversos órgãos do GDF com o objetivo de reduzir o número de focos de água parada nas casas e evitar a proliferação do mosquito responsável pela transmissão da dengue, febre amarela, zika e chikungunya.

Para o diretor da Vigilância Ambiental, Edgar Rodrigues de Souza, a união dos órgãos foi fundamental para a atividade de prevenção. “O trabalho de rotina da Vigilância Ambiental não para, acontece o ano todo, e a atividade foi intensificada com a união de todos esses órgãos do GDF em prol de um mesmo objetivo”. Os órgãos parceiros são o DF Legal, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Companhia Urbanizada da Nova Capital do Brasil (Novacap), além de diversas secretarias do DF.

Visitas aos moradores

Uma das principais ações realizadas é a visita aos residentes para orientação. Também foram feitas eliminação de sucatas, monitoramento de pontos estratégicos para o surgimento dos mosquitos e utilização do fumacê.

“As pessoas cooperaram, fizeram a sua parte, o que mostra que, contra o mosquito da dengue, é preciso que todos estejam envolvidos”, ressalta o diretor de Vigilância Ambiental. “Nós trabalhamos muito o lado da conscientização. Se todo mundo reservar 10 minutos apenas de seu tempo para fazer as inspeções em casa, evitar a criação de depósitos de águas, teríamos cada vez menos casos de dengue”.

A ação já é feita pela dona de casa Vera Célia, 46 anos, moradora do setor de Chácaras 125, do Sol Nascente. Vera, além de deixar o ambiente todo limpo e organizado, toma o cuidado para que a água não se acumule em vasilhas ou poças no chão. “Temos que evitar que o mosquito tome conta da nossa casa, porque essa doença é perigosa”, pontua. Vera conta que, em 2020, ela e o marido tiveram dengue e passaram por dias de indisposição.

Até esta sexta-feira (26/2), os trabalhos continuam em outros endereços da Região Administrativa (RA). A escolha das cidades é feita com base nos boletins epidemiológicos divulgados pela SES-DF. As próximas RAs a receberem a equipe da Vigilância serão Guará, Núcleo Bandeirante, Asa Norte, Asa Sul, Lago Norte e Sudoeste. Na segunda semana de março, a campanha vai ao Jardim Botânico, Paranoá e São Sebastião. E depois visita Samambaia, Taguatinga, Santa Maria e Gama.

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