A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) aprovou, nesta segunda-feira (19/4), o Projeto do Percurso Turístico-Cultural da Vila Planalto. A decisão foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
O próximo passo é a licitação que será realizada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap). A primeira fase do projeto contempla 1,24 quilômetros de trajeto: começa na antiga via L4, do balão da entrada da Vila Planalto, percorre a parte interna, pela Rua 1, Rua DFL, Rua Emulprees, Rua Israel Pinheiro até o início da Praça Nelson Corso.
A rota cultural e turística, ao todo, soma 2,69 quilômetros. O início e fim será nos arredores da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, um marco cultural e arquitetônico fundado em 2 de abril de 1959.
Segundo o diretor de Parques e Espaços Livres, Clécio Rezende, o governo definiu a rota cultural como prioritária. “O projeto começou ainda 2012, de uma demanda da própria população. O propósito é resgatar a memória da vila e trazer os elementos para a formação de Brasília. No trajeto, haverá as informações mais relevantes dos elementos históricos da região”.
Importância da rota cultural
O projeto pretende trazer o conceito de rua compartilhada, em que o espaço urbano é prioritário para pedestres e ciclistas, mas onde veículos motorizados também serão permitidos. As ruas serão de sentido único, com sinalização de trânsito mostrando a redução do limite de velocidade.
Para a administradora do Plano Piloto, Ilka Teodoro, a Vila Planalto é uma região simbólica da capital do país. “Ela surgiu como uma vila para os operários que ocuparam o território durante a construção da cidade. A Vila antecede o período de inauguração de Brasília. E melhorar esse espaço, com um turismo respeitoso e visando a preservação, é essencial”, afirma.
Ilka ressalta que o projeto buscou atender diversos contextos. “Como mobilidade, preservação cultural e manutenção da cidade. O circuito vai narrar um pouco da história de Brasília, pois passa por marcos da Vila. E os moradores da região sempre foram muito preocupados com a preservação e cobram há muito tempo iniciativas como essas. Nesse momento, o projeto atende às demandas da própria comunidade”.
A secretária executiva da Seduh, Giselle Moll, ressalta que a Vila Planalto é um marco inicial da construção de Brasília e é um exemplo de resgate histórico que deve ser preservado. “Apesar dos problemas na conservação das edificações originais, tem uma ambiência de cidade do interior”, destaca.
Outras frentes do projeto
O projeto também contempla o nivelamento de calçadas e faixas de rolamento; arborização ao longo do percurso, pisos táteis para melhorar a acessibilidade, mobiliários como bancos, lixeiras; e totens com sinalização turístico cultural, seguindo os modelos do Plano Diretor de Sinalização do DF. Também serão implantadas redes de drenagens para reduzir problemas de alagamentos.
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