Pandemia

Covid-19: internação de público jovem subiu em 30 dias, diz secretário

Durante coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, apresentou dados de aumento e redução das internações de pacientes com covid-19 por faixa etária

Pedro Marra
postado em 26/04/2021 17:43 / atualizado em 26/04/2021 17:43
Gustavo Rocha, secretario da Casa Civil, falou sobre as internações e hospitais de campanha durante entrevista coletiva -  (crédito: Joel Rodrigues/Agencia Brasília)
Gustavo Rocha, secretario da Casa Civil, falou sobre as internações e hospitais de campanha durante entrevista coletiva - (crédito: Joel Rodrigues/Agencia Brasília)

Nos últimos 30 dias, o Distrito Federal teve um aumento significativo nas internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do público abaixo dos 59 anos diagnosticado com covid-19. Mas o DF também apresenta redução dos mesmos dados dos pacientes acima de 75 anos, efeito da vacinação neste público mais velho.

É o que afirmou o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, durante coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (26/4), no Palácio do Buriti. Segundo ele, que divulgou o levantamento, os seguintes públicos tiveram aumento nas internações: 15 a 29 anos (+ 62,5%); 30 a 39 anos (+ 27,3%); 40 a 49 anos (+ 18,5%); 50 a 59 (+ 16%).

“Quando a gente passa para 75 a 79 anos, a queda foi de -26,9% de ocupação (dos leitos de UTI da covid), e de 70 a 74 anos com -13,2%. Isso demonstra duas coisas. Primeiro, a queda de internação de pessoas mais idosas demonstra que as vacinas estão realmente surtindo efeito. E o aumento da internação de pessoas mais jovens mostra que a pandemia realmente rejuvenesceu, e os grupos de risco de antes eram os mais idosos e pessoas com comorbidades. Hoje (atualmente) está pegando muita gente jovem, como a gente vê pelos dados. Todas as faixas etárias abaixo de 50 anos tiveram um aumento significativo na ocupação de leitos”, afirma Rocha.

Hospital de campanha do Gama

Na ocasião, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, adiantou que o hospital de campanha do Gama, no estádio Bezerrão, terá 1,3 mil profissionais de saúde, sendo um enfermeiro rotineiro e um plantonista para cada 15 leitos. “Hoje estivemos com a empresa contratada, e em 10 dias disseram que teremos os equipamentos necessários em funcionamento. Temos a construção dos três hospitais de campanha, mas o do Gama será o primeiro a entrar em funcionamento”, adiantou o chefe da pasta.

Perguntado sobre o aumento de leitos de UTI da covid-19 na rede pública do DF com a construção dos hospitais de campanha, Osnei destacou a diferença no atendimento especializado a pacientes graves com a doença em hospitais de campanha e hospitais comuns. Isso porque as unidades em construção irão acomodar enfermos em leitos de Unidade de Cuidado Intermediário (UCI).

“Os leitos (de UCI) têm toda a complexidade de leitos de UTI. Só a nominação através da portaria do Ministério da Saúde é que muda essa habilitação desses leitos para que sejam pagos. Então, são leitos verdadeiramente com todos os equipamentos de UTI”, explica o secretário.

De acordo com a Portaria nº 471/2021 e a Portaria 1.514 de junho de 2020, do Ministério da Saúde, leitos de Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) com os suportes especificados podem ser mobilizados no tratamento de pacientes com covid-19 em hospitais gerais ou especializados, em unidades de saúde mistas cadastradas – ou não – como hospitais, em hospitais de pequeno porte e em hospitais de campanha.

 

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