Novo coronavírus

Secretaria de Saúde garante estar preparada para armazenar vacina da Pfizer

Secretário de Saúde, Osnei Okumoto adiantou que o DF tem condições de receber os imunizantes da Pfizer — doses devem ser mantidas resfriadas de -60ºC a -80ºC. Chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha alertou para a mudança de perfil dos pacientes em UTIs

Ana Isabel Mansur
Pedro Marra
postado em 27/04/2021 06:00
Em 30 dias houve aumento da internação de pessoas mais jovens: 15 a 29 anos (62,5%); 30 a 39 anos (27,3%); 40 a 49 anos (18,5%); 50 a 59 (16%). -  (crédito: Breno Esaki)
Em 30 dias houve aumento da internação de pessoas mais jovens: 15 a 29 anos (62,5%); 30 a 39 anos (27,3%); 40 a 49 anos (18,5%); 50 a 59 (16%). - (crédito: Breno Esaki)

Com a possibilidade de o Distrito Federal receber o primeiro lote de vacinas da Pfizer/BionTech amanhã — conforme o Correio apurou no sábado —, o secretário de Saúde do DF, Osnei Okumoto, confirmou as conversas da pasta em torno do imunizante. Em coletiva de imprensa nessa segunda-feira (26/4), no Palácio do Buriti, o chefe da pasta afirmou que, nesta terça-feira (27/4) à tarde, vai participar de uma reunião no Ministério da Saúde para discutir a distribuição de doses do insumo para a capital federal.

O secretário de Saúde garantiu que o DF está preparado para receber o novo imunizante. “Estamos com previsão de chegadas de vacinas da Pfizer, e haverá uma reunião amanhã (terça-feira) no Ministério da Saúde para serem anunciadas novas chegadas de doses. Todos sabem que ela (vacina da Pfizer) precisa de um armazenamento de -60ºC a -80ºC. Então, temos freezer do Hemocentro que foi doado para a rede de frio, com capacidade de armazenamento de 570 litros ou 40 mil doses. Fora esse freezer que já temos disponível na rede de frio, temos mais cinco ultra-freezers oferecidos pela UnB (Universidade de Brasília), todos com capacidade para 40 mil doses. Então, não teremos problema algum com o armazenamento dessas vacinas da Pfizer, que necessita dessa baixa temperatura”, frisou o secretário de Saúde. Okumoto ressaltou que a rede de frio central da Secretaria de Saúde (SES-DF) tem 2.420 unidades armazenadas para a primeira dose (D1) e 18.070 para a segunda (D2) — CoronaVac e Covishield.

O Secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, comentou sobre cenário de internações em unidades de terapia intensiva (UTIs) provocadas pelo novo coronavírus, dos últimos 30 dias, discriminando por faixa etária. Os seguintes públicos tiveram aumento: 15 a 29 anos (62,5%); 30 a 39 anos (27,3%); 40 a 49 anos (18,5%); 50 a 59 (16%). “Quando a gente passa para 75 a 79 anos, a queda foi de 26,9% de ocupação (dos leitos de UTI da covid-19); e de 70 a 74 anos, com uma queda de 13,2%”, informou.

“Isso demonstra duas coisas. Primeiro, a queda de internação de pessoas mais idosas mostra que as vacinas estão surtindo efeito. E o aumento da internação de pessoas mais jovens revela que a pandemia, realmente, rejuvenesceu. Os grupos de risco de antes eram os mais idosos e pessoas com comorbidades. Hoje, está pegando muita gente jovem, como vemos pelos dados”, analisa Rocha.

Queda na média móvel

Nessa segunda-feira, a SES registrou queda de 27,4% na média móvel de mortes em relação a 14 dias atrás, com o valor chegando a 49,14. A mediana de casos também teve queda e fechou em 945,6 — valor 26,13% inferior do que o das duas últimas semanas. O DF notificou, nessa segunda, 59 mortes por covid-19, totalizando 7.628 vítimas. Com mais 1.087 pessoas infectadas, a capital federal acumula 374.588 casos da doença — desses, 357.368 (95,4%) são considerados pacientes recuperados.

De acordo com a pasta, 95,82% dos leitos públicos UTI exclusivos para tratamento da covid-19 estavam ocupados. Na rede particular, 6,91% das vagas de UTI estavam livres. Na lista de espera por um leito, estão 185 pessoas, das quais 89 estão com suspeita ou confirmação da covid-19.

Nessa segunda, o DF aplicou mais de 22 mil doses contra a covid-19 — sendo 11.032 da D1 e 11.061 da D2. Desta forma, o Vacinômetro, da Secretaria de Saúde, indica que o Distrito Federal chegou a 411,8 mil aplicações da primeira dose, o que representa 13,49% da população da capital. A segunda dose chegou à 225 mil pessoas (7,39%)

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