Esperança e fé: fiéis celebram o Corpus Christi na Catedral de Brasília

Mesmo sem a tradicional festa na Esplanada dos Ministérios, mais de 200 pessoas se reuniram no templo com distanciamento social e máscaras para comemorar a data

Talita de Souza
postado em 03/06/2021 14:47
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Mais de 200 fiéis se reuniram na Catedral de Brasília na manhã desta quinta-feira (3/6) para celebrar o Corpus Christi. Homens, mulheres e crianças se uniram ao corpo sacerdotal da igreja para participar da missa, que começou às 10h40. No fim da tarde, às 18h, uma segunda missa será realizada no templo e também será transmitida pelo site da Arquidiocese de Brasília.

Quem marcou presença na celebração não precisou realizar agendamento prévio, como no ano passado, mas teve que aferir a temperatura na entrada do templo e usar máscara de proteção facial durante todo o culto. As medidas restritivas, no entanto, não foram empecilhos para a presença dos fiéis.

É o caso da dona de casa Maria Rizanei, 61 anos. De Ceilândia, a religiosa se deslocou de Metrô e ônibus até a Catedral junto com o filho, Ítalo Gabriel, 17, chegou alguns minutos atrasada mas conseguiu participar do rito. “Eu vim para adorar o Santíssimo. Essa data é muito importante pra mim, Jesus tá vivo no meio da gente”, conta.

 

Maria Rizanei e o filho, Ítalo Gabriel, não pouparam esforços para participar da missa
Maria Rizanei e o filho, Ítalo Gabriel, não pouparam esforços para participar da missa (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Para ela, a missa é um momento de esperança e fé. “Esse momento é de muita oração, para que dê tudo certo e saiamos dele. Eu saio daqui com mais esperança. Ele é a esperança para nossa vida toda”, diz.

Esperança também foi o tom da mensagem ministrada pelo bispo Dom Marcony Vinícius, que presidiu a missa. O religioso afirmou que “os tempos difíceis vão passar” e encorajou os fiéis a não se desanimarem. “Em tempos de pandemia, somos chamados a dizer ‘muito obrigado por não nos abandonar, Jesus, aumenta a nossa fé’”, destacou durante a celebração.

Neste sentido, o bispo também direcionou as preces aos governadores, “para se atentarem às necessidades das pessoas que precisam do pão da caridade”, aos médicos, “para serem fortalecidos no combate à pandemia” e à cura de pessoas doentes.

Arquidiocese fez mudanças na celebração para prevenir fiéis da covid-19

Este é o segundo ano consecutivo em que a data não é celebrada pelos religiosos da Catedral de Brasília com a Festa de Corpus Christi, realizada na Esplanada dos Ministérios com o tapete e o mar de velas, devido à pandemia.

No entanto, as missas continuam a ser realizadas, mas o recebimento da hóstia sofreu mudanças. Em tempos normais, o pedaço do pão sagrado era dado pelas mãos do bispo diretamente na boca dos fiéis. Já na missa de Corpus Christi, os participantes receberam a hóstia na mão e a comeram em frente ao ministro que a distribuiu — único momento em que foi possível retirar a máscara. A fila de recebimento também foi adaptada e contou com distanciamento entre cada pessoa.

Em outras igrejas de Brasília foi registrado o tapete de Corpus Christi, como na Igreja Santa Rita de Cássia, na L2 Sul. Tradição na religião católica, o tapete reproduz imagens com sal, serragem e outros materiais e simboliza o preparo de um caminho por onde o corpo de Cristo passará.

Entenda a comemoração

O Corpus Christi é celebrado pelos fiéis católicos para festejar a Eucaristia, sacramento que relembra a Última Ceia e que é direcionada a ações de graças ao sacrifício de Cristo na cruz. A data é comemorada sempre às quintas-feiras pois, segundo os cristãos, remete ao último jantar (ceia) de Cristo com os discípulos, no qual o filho de Deus partilhou o pão e o cálice e disse que os dois elementos eram o corpo e o sangue dele, respectivamente.

 

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