VIOLÊNCIA

Família de vítima de feminicídio faz vaquinha on-line para ajudar órfãos

Fernanda Landim foi esfaqueada por Angelo Gabryel na noite de terça-feira enquanto dormia com a filha de 2 anos do casal. Ela deixa três filhos

Luana Patriolino
postado em 09/06/2021 21:55 / atualizado em 09/06/2021 21:55
 (crédito: Redes sociais/Reprodução)
(crédito: Redes sociais/Reprodução)

Brutalmente assassinada pelo companheiro, em Sobradinho 2, a cabeleireira Fernanda Landim Almeida, 33 anos, deixou três filhos de 15, 4 e 2 anos. Para ajudar as crianças, que ficarão sob os cuidados da avó materna, a família iniciou uma vaquinha on-line. “Muita gente está ajudando, inclusive para custear as despesas do enterro. Estamos abertos também para cuidar das crianças que vão ficar com a minha sogra. Toda ajuda é bem-vinda”, diz o supervisor de lojas Marcos Marques, 29, cunhado da vítima.

Fernanda foi enterrada na tarde desta quarta-feira (9/6), no cemitério Campo da Esperança, em Sobradinho. Vítima de feminicídio, a mulher foi esfaqueada na jugular pelo companheiro enquanto dormia com a filha do casal, de 2 anos. Após o crime, o homem saiu correndo e os vizinhos chamaram a ambulância. No entanto, quando o socorro chegou, Fernanda já estava morta.

O cunhado da vítima contou como a cabeleireira foi covardemente atacada. "Teve uma discussão antes e ele foi embora. Ela trancou a casa e deixou só uma porta do fundo aberta que não tranca. Ele pulou o muro e a atacou. Deu uma facada e pegou em uma veia, em uma artéria", relata Marcos Marques.

Segundo o cunhado, a mulher se arrastou até a sala e tentou chamar ajuda, mas morreu no local. "Depois, a Polícia Militar tirou a neném de dentro da casa. Ela ainda estava lá, assistiu a cena toda e logo depois minha sogra chegou e recolheu a criança", detalha.

Quem tiver interessado em ajudar a família, pode entrar em contato pelo telefone (61) 9 9318-8359 (Dona Floraci), Pix: 35182466153

Histórico

Fernanda e Angelo Gabryel estavam juntos há 3 anos, e, há um mês, alugaram a casa na qual o assassinato aconteceu. As investigações concluíram que o autor do feminicídio possuía histórico de agressões contra a mulher. De acordo com a 35° Delegacia de Polícia (Sobradinho 2), a vítima chegou a entrar com duas medidas restritivas contra o agressor, uma em 2019 e outra em 2020.

No entanto, em maio deste ano, a Justiça revogou a medida protetiva após pedido da mulher. O agressor também tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, homicídio tentado e roubo.

 

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