Executivo

Após denúncia, chefe da Floresta Nacional de Brasília é exonerado

Reportagem denunciou derrubada e venda ilegal de madeira da área ambiental. Deputados da CLDF protestaram nesta terça-feira

Pedro Marra
postado em 29/06/2021 21:09 / atualizado em 29/06/2021 21:21
 (crédito: Reprodução/Facebook)
(crédito: Reprodução/Facebook)

O chefe da Floresta Nacional de Brasília (Flona), Edilson Mendes da Silva, foi exonerado do cargo após a denúncia feita pela reportagem do Fantástico, da TV Globo, que mostrou a derrubada ilegal de madeira na área ambiental, composta por 9,3 mil hectares.

Correio apurou que o pedido de demissão do chefe da Flona foi encaminhado para publicação no Diário Oficial da União (DOU), e será divulgado oficialmente nesta quarta-feira (30/6).

A irregularidade foi protocolada no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e no Ministério Público Federal (MPF), com indicações de extração ilegal de madeira. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é o órgão responsável por administrar a área.

Procurado pela reportagem, o chefe da Flona, Edilson Mendes da Silva, diz que pretende se pronunciar nesta quarta-feira, com o anúncio oficial da exoneração.

Repercussão na CLDF

A denúncia de extração e comercialização ilegal de madeira da Floresta Nacional (Flona) repercutiu no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) nesta terça-feira (29/6).

“Estão destruindo a floresta que protege as nascentes do Descoberto. O governador tem de se posicionar e cobrar investigação o mais rápido possível. É um crime ambiental e econômico, é inaceitável”, disse o deputado Chico Vigilante (PT).

 

A deputada Arlete Sampaio (PT) destacou que o Descoberto responde por 70% do abastecimento do DF, e que a denúncia de extração ilegal de madeira na área aponta a participação de agentes públicos. Ela também cobrou providências do governo.

O deputado Leandro Grass (Rede) lamentou “mais um caso de corrupção nesse governo”: “Até extração e venda ilegal de madeira com a participação de agentes públicos, os mesmos que deveriam estar protegendo um patrimônio do GDF. São R$ 5,3 milhões de comercialização na Flona. É muito grave”.

*Com informações da CLDF

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