Crime

Moradores do DF e de Goiás fazem almoço para policiais que buscam por Lázaro

População organizou um grupo para cozinhar e arrecadar alimentos e gás de cozinha. Almoço desta terça (15/6) foi na Capela Nossa Senhora de Fátima, em Edilândia, região onde Lázaro segue escondido

Diante do pavor e do medo, moradores do Incra 9, em Ceilândia, no Distrito Federal, e de Edilândia, povoado de Cocalzinho, em Goiás, se uniram para alimentar os integrantes das forças de segurança que atuam na captura de Lázaro Barbos,a 33 anos, suspeito de assassinar uma família no DF. 

O almoço foi na Capela Nossa Senhora de Fátima, em Edilândia. Dilacerado pela perda dos amigos, o produtor rural Robson Pereira da Silva, 50 anos, vizinho da família Vidal, brutalmente assassinada na madrugada de 9 de junho, viajou de Ceilândia a Edilândia para doar alimentos e gás de cozinha para os voluntários que se organizaram para fazer o almoço.

"Ficamos sabendo que ontem (segunda-feira), a capela da igreja fez um jantar para alimentar os agentes e decidimos ajudar, trouxemos gás e alimentos. Estamos voltando para Ceilândia apenas para buscar mais gás de cozinha e trazer para a capela", conta Robson.

Robson atuou como voluntário nas buscas pela empresária Cleonice Marques, 43 anos. O grupo de buscas do qual fez parte, encontrou o corpo dela dentro de um rio, próximo da residência da vítima, no sábado (12/6). Antes de levar Cleonice, o suspeito da chacina matou a tiros e facadas o marido dela, o empresário Cláudio Vidal, 48, e os dois filhos do casal, Eduardo e Gustavo Marques Vidal, 15 e 21, respectivamente. "Era amigo da família, morei a vida toda lá. Eu e o Cláudio fomos colegas de jogar bola, somos amigos. Não consigo acreditar no que houve", declara.

Questão de horas

Na tarde desta terça (15/6), sétimo dia de procura por Lázaro Barbosa, a equipe de reportagem do Correio conversou com alguns agentes de segurança. A expectativa dos profissionais é que consigam capturar Lázaro nas próximas horas. De acordo com eles, a ajuda da população vem sendo bem-vinda na atividade dos agentes. “A locomoção aqui é um pouco difícil, assim como os informes. Além disso, cada agente leva em torno de 12kg de equipamento, fora o armamento”, relatou um policial. Um deles contou que, desde segunda (14/6), não pegava no celular e nem dava notícias para a família. "Todos os agentes estão em plena dedicação ao caso", relatou outro.