CAPACITAÇÃO

MPDFT oferece curso de avaliação em casos de violência doméstica

Ação visa orientar preenchimento de Formulário Nacional de Avaliação de Risco, usado no primeiro atendimento em casos de violência contra a mulher. Aulas serão on-line e contarão com convidados do Judiciário e de órgão de apoio psicossocial

Correio Braziliense
postado em 20/10/2021 21:49
 (crédito: REPRODUÇÃO)
(crédito: REPRODUÇÃO)

Com o objetivo de capacitar os participantes para a avaliação e gestão de riscos nos casos de violência doméstica e familiar, oferecendo orientação quanto ao preenchimento do Formulário Nacional de Avaliação de Risco, o Núcleo de Gênero e a Secretaria de Desenvolvimento e Educação Corporativa (Secor) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) oferecem — ao público interno e externo — o curso "Aplicação do Formulário Nacional de Avaliação de Risco a Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar".

O evento será realizado nos dias 4, 5, 11 e 12 de novembro de 2021, das 9h às 12h, com transmissão pelo YouTube; portanto, não é necessária inscrição prévia, a não ser que haja interesse na emissão de certificado. Neste caso, o participante deve se registrar na página do evento. Caso seja o primeiro acesso, é preciso criar a conta e, após fazer o login, clicar em “Ações Educacionais” e, em seguida, no nome do curso.

As aulas abordarão temas como Atuação do Sistema de Justiça no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher; Avaliação de risco nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher; Políticas públicas de prevenção e gestão do risco; e o formulário Nacional de Avaliação de Risco e sua aplicabilidade na proteção integral das mulheres em situação de violência doméstica e familiar. 

A programação contará com palestrantes do MPDFT, como o promotor de Justiça da 2ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar de Brasília e doutor em Ciências Jurídico-Criminais, Thiago André Pierobom; e a analista de Psicologia e mestre em Psicologia, Elaine Novaes Vieira; e convidados, como a juíza Titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Taguatinga, Luciana Lopes Rocha; a psicóloga da Secretaria de Saúde e doutora em Psicologia Clínica, Marcela Medeiros.

Formulário

Criado em conjunto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para evitar o agravamento da violência doméstica no Brasil, o Formulário Nacional de Avaliação de Risco passou a ser lei em maio. A legislação determina a aplicação do questionário às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar preferencialmente pela Polícia Civil, pelo Ministério Público ou pelo Poder Judiciário, dependendo de onde ocorra o primeiro atendimento.

De acordo com o CNJ, as 27 perguntas estabelecidas no Formulário Nacional de Avaliação de Risco mapeiam a situação da vítima, do agressor e o histórico de violência nessa relação. Entre as questões que a vítima deverá responder estão: se está grávida; se possui alguma vulnerabilidade física ou mental; se é negra; se o autor da agressão tem acesso a armas; se está desempregado; se já houve alguma tentativa de suicídio por parte do autor da violência; se o autor da violência faz uso de drogas ou álcool; se os filhos já presenciaram as agressões.

Dependendo das respostas, o encaminhamento do caso pode resultar, por exemplo, em afastamento do agressor do lar, ou direcionamento da mulher a uma casa-abrigo, encaminhamento do autor de violência a programa de reflexão psicossocial, orientação das partes para serviços de emprego e renda e condução das vítimas a programas de apoio psicológico, entre outros.

O modelo de Formulário Nacional de Avaliação de Risco aprovado em lei também pode ser aplicado por outros órgãos e entidades públicas ou privadas que atuem na área de prevenção e de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.

A lei sancionada foi proposta em 2019 , após estudos e pesquisas internacionais terem revelado a importância de se levar em conta as situações citadas no formulário para deter a escalada da violência contra mulheres em situação familiar. Documentos usados em outros países, como Portugal, Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos, serviram de base para o modelo brasileiro.

Participe

Aplicação do Formulário Nacional de Avaliação de Risco a Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar

Modalidade: Telepresencial
Quando: 4, 5, 11 e 12 de novembro, das 9h às 12h
Carga horária: 12 horas
Local: Canal da Secor no YouTube 

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