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Chuvas: moradores do DF reclamam das constantes quedas de energia

Com as chuvas mais fortes e as ventanias, os brasilienses estão sofrendo com a falta de energia em algumas regiões. Segundo eles, o serviço demora a ser restabelecido

Júlia Eleutério
postado em 29/11/2021 17:08 / atualizado em 29/11/2021 17:10
De acordo com a Neoenergia, chuvas e ventos que ultrapassaram os 60 km/h causariam o desabastecimento -  (crédito: Ed Alves/CB)
De acordo com a Neoenergia, chuvas e ventos que ultrapassaram os 60 km/h causariam o desabastecimento - (crédito: Ed Alves/CB)

Moradores do Distrito Federal sofreram com a falta de energia nas residências após as chuvas do último fim de semana. Com a chegada do período de temporais e as fortes ventanias, os brasilienses sentiram mais as oscilações no abastecimento de energia elétrica e reclamaram da demora para restabelecer o serviço. Em alguns pontos, como no Jardim Botânico, a energia oscila e fica apenas com uma fase funcionando.

A moradora do Condomínio Privê Morada Sul Etapa C, no Jardim Botânico, Fabiana Pullen, 37 anos, contou ao Correio que, desde a madrugada de sábado (27/11) até o domingo, a região onde mora teve picos de energia. “Por um momento no sábado pela manhã, ficamos só com uma fase. À tarde, por volta de umas 14h, a energia foi embora de vez e só voltou depois de meia noite. No domingo de manhã, notamos que estávamos novamente só com uma fase”, relatou a gerente de comunicação. Segundo ela, a energia retornou apenas na manhã desta segunda-feira (29/11), mas voltou a apresentar quedas.

A gerente reclama que, por conta da falta de energia, ficou impossibilitada de trabalhar. “Vários equipamentos de vizinhos foram queimados. Ligamos diversas vezes para a Neoenergia e todas as vezes eles falam que o serviço foi regularizado, sendo que todos os vizinhos estão com o mesmo problema. Parece que o serviço piorou depois da privatização”, ressaltou Fabiana.

Moradora do Centro de Atividades (CA), no Lago Norte, Fernanda Neves, 29 anos, também está enfrentando problemas com a falta de energia no local. “Aqui está muito complicado.
Acaba a luz por horas, pelo menos uma vez na semana e como estou trabalhando de casa, sempre dificulta muito”, comentou a profissional de relações internacionais. Fernanda acrescentou que, quando fica sem energia e perde a conexão com a internet, precisa recorrer aos dados móveis do celular, mas às vezes o sinal não ajuda.

Fernanda afirmou que sempre abre um chamado na Neoenergia. “Nunca consigo falar com ninguém, só sou atendida pela inteligência artificial que não dá informação de nada, só uma previsão geral que é sempre de mais de três horas”. Ela, que se mudou para em agosto, destacou que o problema persiste há cerca de dois meses. “Antes morava na Asa Norte, que tem histórico de acabar a energia, mas era em menor frequência. O que me deixa mais triste é que agora não tenho facilidade de sair daqui, pois a multa da rescisão de aluguel seria muito alta”, ressaltou a moradora do CA.

Em nota enviada ao Correio, a Neoenergia Brasília afirmou que a empresa tem atuado “com estratégias que permitam mitigar no Distrito Federal os efeitos de um regime mais severo de chuvas no Distrito Federal”. Além disso, a nota informou que em 2021, se comparado a 2020, foi observado um aumento em 400% no volume de descargas atmosféricas e aumento em 36% no volume de ventos em todo o DF. “Inovamos na estratégia de atendimento às demandas, com a utilização de informações meteorológicas para direcionar a estratégia de atendimento e reforço de equipes durante os períodos de maior intensidade das chuvas”, finalizou a nota.

Em relação aos problemas notificados no fim de semana, o diretor-superintendente de relacionamento com clientes da companhia, Gustavo Alvares, avaliou a situação como sensível devido às chuvas e aos ventos que ultrapassaram os 60 km/h. “Foram mais de 280 pessoas envolvidas nesses atendimentos, isso representa três vezes mais do que o necessário para um dia comum. Além disso, nós reforçamos a nossa equipe com mais 98 pessoas que estão vindo de outras distribuidoras do Grupo Neoenergia. Não estamos medindo esforços para que toda a população do DF seja atendida”, pontuou o diretor.

 

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