Feminicídio

Assassino de Giovanna Laura mentiu para a sogra: "Onde ela deve estar?"

Na conversa, feita por mensagem, com a mãe da vítima o assassino demonstra preocupação com o desaparecimento da namorada, cujo cadáver ele havia ocultado

*Carlos Silva
postado em 07/12/2021 14:48 / atualizado em 07/12/2021 23:00
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

O Correio obteve uma série de áudios de Leandro Marques, preso por matar a namorada, Giovanna de Laura Peters. Na conversa, feita por mensagem, com a mãe da vítima, Érika Santos, 42, o assassino demonstra preocupação com o desaparecimento da namorada, cujo cadáver ele havia ocultado na manhã de segunda-feira (29/11) em uma área de mata próxima à antiga Academia da Polícia Civil, em Taguatinga.

No áudio, enviado para a mãe de Giovanna, às 14h39 de terça-feira (30/11), Leandro fala sobre estar preocupado com o sumiço de Giovanna Peters. “Pois é, desde aquele dia, eu estou tentando falar com ela também, mas não consigo. O celular dela tem um problema aí que eu ligo pra ela e dá desligado”, diz o motoboy. Leandro também diz à mãe da jovem que a namorada havia saído da casa dele de Uber. “No dia que ela foi, foi de manhã, pegou um Uber. Falou ‘amor, vou lá pra casa, depois vou ajudar uma amiga minha’”, descreve.

Apesar de ter assassinado Giovanna Peters, Leandro tenta acalmar a mãe da jovem, dizendo palavras como “vai dar certo, dona Érika” e demonstrando preocupação com a situação de Giovanna, perguntando se a mãe de Giovanna havia conseguido falar com a filha. Mesmo com a visível preocupação demonstrada por Érica Santos, o motoboy manteve a mentira, pedindo para que ela procurasse os documentos da jovem para ver se ela não havia esquecido algum em casa e para verificar se alguma amiga de Giovanna não tinha informações sobre ela.

Até ser descoberto, Leandro manteve a situação por três dias, até ceder, confessar o crime e indicar onde havia escondido o corpo, que estava debaixo de um amontoado de pedras. Na segunda-feira (06/12), Leandro teve a prisão convertida de temporária para preventiva. O tio de Giovanna Peters Cleiton Neves, 44, descreveu o receio de que não fosse feita justiça na audiência que determinou a prisão preventiva. “Fiquei com muito medo de o rapaz sair [impune] logo na audiência de custódia”, relata. Porém, segundo o tio da jovem, algo ainda resta: o pedido por justiça.

 

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