Economia

DF fecha 2021 com inflação acumulada de 9,34%, segundo dados do IPCA

No mês de dezembro, a inflação da capital do país ficou em 0,46%. O grupo de vestuários foi o que registrou maior índice, seguido por artigos de residência, alimentação e bebidas

Edis Henrique Peres
postado em 11/01/2022 13:35 / atualizado em 11/01/2022 16:06
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

No Distrito Federal, o etanol, o café moído e a gasolina apresentaram as maiores variações acumuladas de preços em 2021. Os vilões da capital do país registraram, durante o ano passado, aumentos de mais de 50%. O etanol teve um índice acumulado de 71,86%, o café moído aumentou 60,88% e a gasolina, 53,67%. De forma geral, o DF registrou, no acumulado de 2021, uma inflação de 9,34%, o terceiro menor valor entre as unidades avaliadas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

As informações foram publicadas nesta terça-feira (11/1) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, a inflação do DF ficou em 0,46%. Em comparação ao nível nacional, a taxa ficou em 0,73% no mês de dezembro, e o acumulado de 2021 registrou 10,6%. O valor é 2,8 vezes maior que o previsto pelo Banco Central do Brasil (BCB), que tinha a meta inflacionária prevista para o ano passado de 3,75%.

Analista do IBGE, Michella Reis explica que a diferença se deve devido aos impactos sofridos na economia “devido a alta do dólar, de forma positiva e negativa, dependendo da ótica”. “Para a exportação de produtos, o aumento do dólar favores essas commodities, mas o impacto para as famílias se dá no aumento de preços de diversos produtos, bem como petróleo e seus derivados. É um assunto completo que pode ser olhado por diferentes matizes, seja político, econômico ou de gestão. As questões climáticas impactam também na produção, além da própria sazonalidade de produtos”, esclarece.

Os dados são importantes, segundo Michella, pois possibilita olhar para a economia e os impactos gerados, seja no mês, ano, ou em uma série histórica. “Cabe ao IBGE trazer as informações para toda sociedade e abrir a possibilidade para os gestores governamentais ou da iniciativa privada se planejarem e executarem ações”, pontua.

A pesquisa do IBGE analisou nove grupos de produtos e serviços e identificou, no mês de dezembro, os maiores índices no grupo de vestuário (1,99%). O item foi seguido por artigos de residência (1,73%),  alimentação e bebidas (1,28%).

O cálculo do IPCA do mês foi realizado comparando os preços coletados entre 30 de novembro e 28 de dezembro de 2021 com os preços vigentes entre 29 de outubro e 29 de novembro de 2021. O IPCA já é pesquisado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salário mínimos.

 

Na capital Federal, de acordo com o Instituto, os subitens que mais inflacionaram em dezembro foram:

  • Limão (24,29%);
  • Cebola (23,61%);
  • Mamão (22,08%);
  • Banana-prata (20,69%); e
  • Melancia (18,40%)

Em contrapartida, houve queda de preços em outros itens, como:

  • Pimentão (-20,75%);
  • Batata-inglesa (-9,80%);
  • Maçã (-7,13%);
  • Leite longa vida (-4,33%); e
  • Arroz (-3,8%).

INPC em alta

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também registrou alta durante o ano passado. Em dezembro, o índice aumentou 0,73%. O resultado ficou 0,11 pontos percentuais (p.p.) abaixo do registrado no mês de novembro (0,84%). Contudo, no acumulado do ano, o INPC fechou o ano com alta de 10,16%. Em 2020, o índice acumulou em menos da metade, em 5,45%. No DF, o INPC registrou, em dezembro, 0,49%, com acumulado do ano em 9,83%.

Na prática, o índice indica que as famílias de renda mais baixa estão sendo mais impactadas pela variação de preços. Isso porque o INPC calcula a variação apenas de famílias com renda mensal de 1 a 5 salário mínimos. 

 

Confira os grupos analisados pelo IPCA:

  • Alimentação e bebidas:
    Brasil (0,84%)
    DF (1,28%)
  • Habitação:
    Brasil (0,74%)
    DF (0,83%)
  • Artigos de residência:
    Brasil (1,37%)
    DF (1,73%)
  • Vestuário:
    Brasil (2,06%)
    DF (1,99%)
  • Transportes:
    Brasil (0,58%)
    DF (-0,42)
  • Saúde e cuidados pessoais:
    Brasil (0,56%)
    DF (0,65%)
  • Educação:
    Brasil (0,05%)
    Educação (-0,12%)
  • Comunicação:
    Brasil (0,34%)
    DF (-0,09%)
  • Índice geral:
    Brasil (0,73%)
    DF (0,46%)

fonte: IBGE

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