Pandemia

Com o novo decreto, vendedores de máscaras sentem o impacto da medida

Apesar de algumas pessoas continuarem usando, os comerciantes do item observaram uma queda na venda

Júlia Eleutério
postado em 11/03/2022 12:12 / atualizado em 11/03/2022 12:16
Vendedores de máscaras do DF sentem impacto do decreto que desobriga utilização de proteção facial. -  (crédito: Júlia Eleutério/CB/D.A Press)
Vendedores de máscaras do DF sentem impacto do decreto que desobriga utilização de proteção facial. - (crédito: Júlia Eleutério/CB/D.A Press)

Após o decreto desobrigando o uso de máscaras em locais fechados publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal, na tarde desta quinta-feira (10/3), muitos brasilienses optaram por continuar utilizando o item de segurança para evitar o contágio pelo vírus da covid-19, mas as vendas já sofrem o impacto da medida. O anúncio foi feito pelo Governador Ibaneis Rocha (MDB), no Palácio do Buriti, após o DF atingir a menor taxa de transmissão desde o início da pandemia, com 0,60.

Na Rodoviária do Plano Piloto, o vendedor de máscaras, Alberto Calheiros, contou que é possível notar a queda da procura dos itens. "Caiu bastante com o decreto. Até a medida que permitia a retirada nos locais abertos, estava vendendo, mas agora caiu bastante mesmo", disse o empreendedor.

Iniciando o comércio dos itens um ano após o início da pandemia, Alberto comentou que a saída era muito grande na época e acredita que muitas pessoas ainda farão o uso das que já tem. "Acho que muita gente vai continuar usando. É melhor prevenir contra a doença. Para liberar a máscara, a pandemia tinha que ter acabado, e não acabou ainda", pontuou o vendedor, ressaltando o recente período de alta dos casos de covid-19 na capital.

Assim como Alberto, o vendedor Eric Lima também observou a redução na procura. "As pessoas já têm máscaras, mas as vendas já travaram com esse novo decreto", avaliou o comerciante. "A máscara ajuda ainda as pessoas a não pegarem. É importante, mas nem todo mundo usa como deveria usar", destacou o vendedor, que está desde o início da pandemia produzindo os itens.

Para Eric, não era o momento de retirar a obrigatoriedade. "Fizeram os pais comprarem as máscaras para as crianças por conta do retorno das aulas e retirou a obrigação logo depois com essa medida", disse o comerciante, ressaltando que era melhor aguardar para ver como ficaria após as crianças voltarem para as escolas.

Continuar usado ou não?

Local de grande circulação na capital, a Rodoviária do Plano Piloto recebe pessoas de todos os lugares da cidades que passam diariamente para pegar o transporte público para casa ou para o trabalho. Após o decreto liberando a obrigação de utilizar as máscaras, fica a critério de cada pessoa decidir retirá-las ou não.

A atendente de telemarketing Carolina Costa, 29 anos, disse que pretende continuar usando o item. Ela quer ver como vai ficar a taxa de transmissão depois da decisão do governo local. "O vírus ainda está circulando e algumas pessoas ainda precisam se vacinar. Então, acho melhor aguardar mais um pouco. Já estamos usando há tanto tempo, não custa nada esperar mais uns dias", comentou a atendente, enquanto aguardava o ônibus para o trabalho.

 

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