Vídeo: Motoboy é agredido por cliente após atrasar entrega de marmita

Em vídeo é possível ver o motoboy sangrando e com nariz machucado. O caso aconteceu nesta sexta-feira (11/3), no condomínio Quintas da Alvorada

Rafaela Martins

Renata Nagashima

Pablo Giovanni*

postado em 12/03/2022 13:57

(crédito: Material cedido ao correio)

Um motoboy foi agredido por um cliente depois de atrasar uma entrega de marmitex, nesta sexta-feira (11/3), no condomínio Quintas da Alvorada, na região do Paranoá. De acordo com o entregador Daisson dos Santos Nunes, ele não conseguiu encontrar o endereço e por isso a entrega foi atrasada.

O cliente acusou o funcionário de querer roubar as marmitas. Minutos após a agressão, Daisson publicou imagens em suas redes sociais e relatou detalhes do que aconteceu. Com sangue pelo rosto e na roupa, o motoboy aparece em vídeo chorando e colocando gelo no nariz.

“Olha aí rapaziada, olha minha roupa como tá, cheia de sangue e ele ainda levou a marmita”, contou Daisson. Após a divulgação do vídeo, um grupo de motoboys foi até o local e entrou em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que usou spray de pimenta para dispersar os motociclistas.

“Nós prendemos o indivíduo e levamos para delegacia. Como os motoboys vieram atrás, a PM utilizou o spray de pimenta para evitar o linchamento do acusado”, disse o Major Michello ao Correio.

A vítima passou pelo Instituto de Medicina Legal (IML) para constatar as agressões. O caso é investigado pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) e ninguém foi detido até o momento.

Em nota, o iFood disse que repudia qualquer ato de agressão ou discriminação contra os entregadores de aplicativo. "A empresa preza por relações e ambientes seguros e livres de assédios, preconceitos e intimidação em todas ações que realiza, sempre baseado em respeito, conforme os valores presentes em seu Código de Ética e Conduta", informou no texto.

Segundo a empresa, foi aberto um processo de investigação interno e o cliente foi descadastrado da plataforma. O iFood acrescentou que entrou em contato com o entregador e prestou o suporte psicológico e jurídico.