Ceilândia /

Colegas de escola choram por Gabriel e recebem carinho dos educadores

Aluno especial da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Interventiva do Centro de Ensino 07 (CED 07) desde 2013, o estudante Gabriel Gomes Barbosa, 24 anos, provocou abalo na comunidade escolar, por sua morte, na QNN 37, na última quarta-feira (16/3)

Pedro Marra
postado em 18/03/2022 06:00
Centro de Ensino nº 7 (CED 07) de Ceilândia Norte -  (crédito: Álvaro Henrique/SEEDF)
Centro de Ensino nº 7 (CED 07) de Ceilândia Norte - (crédito: Álvaro Henrique/SEEDF)

O percurso feito por Gabriel Gomes Barbosa — morto aos 24 anos, vítima de uma facada na barriga pelo suspeito Gabriel Santos da Silva, 23, na tarde de quarta-feira (16/3), na QNN 37, em Ceilândia Norte — era comum para o rapaz. Ele costumava ir e voltar  da escola onde estudava, o Centro de Ensino 07 (CED 07) para casa de bicicleta. A diretora Adriana de Barros, Rabelo Sousa, 49 anos, relembra que o rapaz estudava desde 2013 no colégio com outros colegas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) Interventiva — para alunos com deficiência intelectual.

A diretora conta que a escola sentiu um grande baque com a morte do rapaz. "Ele participava do projeto de futsal da escola e era bem quisto pela comunidade escolar", afirma. Na quinta-feira (17.3), dia seguinte ao crime, os estudantes foram direcionados pelos professores e orientadores para atividades ao ar livre para aliviar o estresse do momento. "Nós os levamos para o jardim sensorial e para uma horta, para poderem ter um contato maior com a natureza", relata a educadora.

Adriana conta que Gabriel criou um elo com os outros colegas de sala, que sentiram bastante a perda do jovem estudante. "Eles chegaram muito chorosos hoje e vieram à escola buscar um acolhimento. Tanto que demos algumas orientações de como devem andar na rua. Por exemplo, não andarem com fone de ouvido, prestarem atenção em quem está próximo deles e não andar com celular na mão", detalha a diretora.

Até o fim da noite de quinta-feira (17/3), a 19ª DP (Ceilândia Norte), que apura o caso, ainda não havia encontrado o suspeito, identificado por foto, distribuída em redes sociais.

 


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