Investigação

Síndico agredido por personal é transferido para UTI de menor complexidade

Em boletim médico divulgado às 16h desta sexta-feira (18/3), médicos do Hospital Santa Lúcia informaram que o jornalista persiste com quadro clínico estável, sem agravamentos

Darcianne Diogo
postado em 18/03/2022 18:02 / atualizado em 18/03/2022 18:08
Instrutor de boxe derrubou a vítima com um soco -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Instrutor de boxe derrubou a vítima com um soco - (crédito: Material cedido ao Correio)

O síndico e jornalista Wahby Abdel Karim Khalil, de 42 anos, agredido com um soco no rosto em um condomínio de Águas Claras, será transferido para a unidade de terapia intensiva (UTI) de menor complexidade do Hospital Santa Lúcia, segundo boletim médico divulgado às 16h desta sexta-feira (18/3). O acusado de cometer o crime, Henrique Paulo Sampaio Campos, 49, está desaparecido e policiais civis tentam localizá-lo para entregar uma intimação.

De acordo com o informativo assinado pelo coordenador da unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Santa Lúcia, Alberto Mendonça, e o diretor executivo, Sergio Murilo, o paciente persiste com quadro clínico estável, sem agravamentos. O jornalista foi submetido a novo exame de imagem, que constatou não haver progressão das lesões iniciais.

Prevista para ocorrer nesta sexta-feira, a cirurgia dentária foi adiada e está programada para este sábado (19/3). O caso é investigado como lesão corporal, mas a tipificação pode mudar após análise dos laudos médicos, segundo afirmou o delegado-chefe da 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul), Alexandre Gratão. “Vamos esperar os laudos para fundamentar o indiciamento. A depender do resultado, pode ser enquadrado como lesão leve, grave ou gravíssima”, frisou.

Desde o fim da manhã desta quinta-feira (17/3), o personal não é visto no condomínio onde mora, no Luna Park. Ao longo desta sexta, os investigadores estiveram em endereços ligados a Henrique para entregar a intimação, mas não tiveram sucesso. Apesar do sumiço, Henrique ainda não é considerado foragido da polícia, pois não há mandado de prisão em aberto contra ele. Após os fatos, o Correio esteve no condomínio para tentar falar com Henrique, mas ele não se encontrava no local. A reportagem também mandou mensagens e ligou, mas sem sucesso.

O caso


A agressão aconteceu por volta das 11h dentro da academia do condomínio Luna Park e foi presenciado por um funcionário do local. Câmeras do circuito interno de segurança flagraram o momento em que Khalil e o personal discutem. Segundo o advogado do síndico, Edson Alexandre, o motivo da briga seria um saco de pancadas instalado no ambiente, que estaria incomodando os moradores. “O Khalil foi conversar para tentar arrumar uma solução, uma vez que o objeto estava preso por correntes ao teto e fazia muito barulho”, afirmou.

O advogado explica que tem elementos para ingressar com uma ação de indenização por danos morais, materiais, estéticos e físicos. “Como é uma ação que o Khalil vai ter que mover, em nome dele, a gente precisa esperar ele ter alta para conversarmos e decidir quais serão os trâmites. Mas uma coisa é certa, ele tem direito a todas essas ações”, pontuou.

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