Crime

"Tragédia poderia ser pior", diz mulher esfaqueada pelo marido em festa

A dona de casa comemorava a festa de aniversário do filho mais velho, em Taguatinga Norte, quando, após uma discussão, o homem a feriu. O filho dela, ao ver a cena, tentou defender a mãe e também acabou atingido

Darcianne Diogo
postado em 03/05/2022 05:58 / atualizado em 03/05/2022 05:59
Jovem levou uma facada no tórax e foi levado ao hospital -  (crédito: Material cedido ao Correio)
Jovem levou uma facada no tórax e foi levado ao hospital - (crédito: Material cedido ao Correio)

Uma festa de aniversário que virou uma tragédia ficará marcada para sempre na memória de Cristina (nome fictício), 37 anos. Após uma discussão com o companheiro, Cleiton Gonçalves Santos, 37, a dona de casa acabou esfaqueada próximo ao pescoço. O filho dela e aniversariante, de 18 anos, ao ver a agressão, tentou defender a mãe e também foi atingido com uma facada no tórax. O caso ocorreu em Taguatinga Norte e é tratado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como tentativa de feminicídio seguido por tentativa de homicídio.

Mãe de três filhos, Cristina comemorava, ao lado de familiares e amigos, o aniversário de 18 anos do filho mais velho, no Setor G Norte. A festa começou ainda no sábado à noite e perdurou até o domingo de manhã. "Ele (companheiro) tinha bebido muito e, sempre quando ele fica bêbado, começa a indagar demais. Então começamos uma discussão e um bate-boca, até que eu disse que era para parar por ali", contou, em entrevista ao Correio.

Durante a briga, a mulher pegou uma garrafa pequena de refrigerante e jogou contra o homem, momento em que ele foi até a cozinha da casa, pegou uma faca e desferiu contra a vítima. "Acertou perto da minha orelha. Quando meu filho viu aquela situação, se revoltou e partiu para cima dele", disse. Os dois foram socorridos e levados ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC) sem ferimentos graves.

Prisão do agressor

Cleiton foi preso em flagrante e conduzido à 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte). Na unidade policial, Cristina solicitou medidas protetivas. "Medo dele eu não tenho, mas guardo mágoas. Tínhamos nossas discussões, mas nunca chegamos a esse ponto de violência. Ele tentou tirar minha vida e a do meu filho, que não é nada dele", desabafou a mulher.

Cristina também é mãe de um menino de 9 anos, e de uma menina, de 2, fruto da relação com o homem. Desempregada e dependente da bolsa-família, a mulher busca, agora, por Justiça. "Só quero que pague o que fez. Poderia ter sido uma tragédia maior", finalizou.

 

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