CRIME

Julgamento de Marinésio por feminicídio de cozinheira é adiado novamente

Ele é acusado de assassinar Genir Pereira de Sousa, em 2019, e, no ano passado, foi condenado a 34 anos de prisão pela morte da advogada Letícia Curado

Ana Isabel Mansur
postado em 17/05/2022 19:02 / atualizado em 18/05/2022 08:35
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O assassino confesso Marinésio Olinto dos Santos, 45 anos, deve ser julgado pelo feminicídio da auxiliar de cozinha Genir Pereira de Sousa, 47, em julho. O julgamento do réu, que cometeu o crime em junho de 2019, estava previsto para começar nesta segunda-feira (16/5), no Tribunal do Júri de Planaltina.

No entanto, o juiz responsável pelo caso está de licença médica e a reunião precisou ser adiada. Ainda não há confirmação de nova data, mas o Correio apurou que o julgamento deve ocorrer em 1º de julho.

É a segunda vez que a sessão acerca do assassinato de Genir é adiada. Inicialmente, a avaliação começaria em 8 de abril. À época, o motivo dessa primeira remarcação não foi informado.

Marinésio confessou ter matado a cozinheira. Genir foi vista pela última vez em uma parada de ônibus de Planaltina, e o corpo dela foi encontrado em uma área de matagal da região.

Outros assassinatos

O criminoso foi condenado a 34 anos de prisão no ano passado, pelo feminicídio da advogada Letícia Sousa Curado de Melo, 26 anos, em agosto de 2019. A princípio, ele havia recebido pena de 37 anos pelo crime, mas a sentença foi reduzida seis meses depois.

Letícia Curado morreu em 23 de agosto de 2019, após entrar no carro que Marinésio dirigia — ele se apresentou como motorista de transporte pirata — para ir ao trabalho. Ela saiu de casa, onde morava com o marido e com o filho de 3 anos, à época, por volta das 7h30, e não voltou mais. De acordo com as investigações, a vítima estava esperando o transporte público em uma parada de ônibus entre o Vale do Amanhecer e a DF-230.

Quando ela estava dentro do carro, ele tentou forçá-la a ter relações sexuais e, após Letícia reagir, a esganou. A advogada morreu asfixiada. Marinésio escondeu o corpo da vítima dentro de uma manilha à margem da rodovia e, antes de fugir, furtou os pertences dela.

Antes, Marinésio havia sido condenado a 10 anos de detenção em maio de 2020, pelo estupro de uma jovem, em abril de 2019. À época do crime, a vítima tinha 17 anos. Ela denunciou a agressão depois de reconhecer o estuprador durante a repercussão da morte de Letícia Curado.

Em depoimento à polícia e à Justiça, ela relatou que o acusado ofereceu carona em uma parada de ônibus no Paranoá e, após a negativa, ele a obrigou a entrar no carro sob ameaça de morte, estacionou na região de Pinheiral e a estuprou. Marinésio ainda a enforcou e a empurrou para fora do veículo, dizendo que ela era um lixo.

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