Apesar de cair por duas semanas seguidas, a taxa de transmissão da covid-19 continua acima de 1, o que indica evolução do contágio pela doença. Nessa sexta-feira (1º/7), o indicador fechou o dia em 1,02 — assim, cada grupo de 100 infectados pelo novo coronavírus é capaz de transmiti-lo para, em média, outras 102 pessoas. Além disso, o boletim epidemiológico diário mais recente da Secretaria de Saúde (SES-DF) contabilizou mais 1.969 diagnósticos positivos no Distrito Federal e sete mortes, registradas entre quinta (30/6) e sexta-feira (1º/7).
Das vítimas que não resistiram ao quadro da doença, a maioria (quatro) eram homens. Todos eles moravam no DF e tinham idades acima de 40 anos. Com a atualização, o número de mortes provocadas pela covid-19 subiu para 11.766, enquanto o total de infecções contabilizadas desde o início da crise sanitária passa de 807 mil. A média móvel de casos dos últimos sete dias caiu 49% em relação ao verificado duas semanas antes. O mesmo indicador sobre os óbitos teve alta de 77%, na comparação com o mesmo período.
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Vacinação
Para brasilienses com mais de 35 anos, a sexta-feira (1º/7) foi dia de dar mais um passo na batalha contra a covid-19, após o anúncio da ampliação da faixa etária autorizada a receber a quarta dose da vacina contra a doença. Neste sábado (2/7), a campanha continua, com cinco pontos de atendimento da Secretaria de Saúde (leia Programe-se).
No domingo (3/7), não haverá atendimento. Além disso, neste sábado (2/7), o Riacho Fundo 1 terá mutirão de vacinação contra o novo coronavírus e a influenza, das 8h às 12h, no estacionamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 1 da região administrativa.
Quem passou pelas UBSs nº 1 da Asa Sul e nº 2 da Asa Norte, por exemplo, não teve dificuldades para receber a quarta dose nem a vacina contra a gripe. Morador do Plano Piloto, Guilherme Klein, 38 anos, não perdeu tempo e garantiu o segundo reforço na imunização. "Quase perdi minha esposa no ano passado, por causa da doença. Então, ela e eu acreditamos muito na vacinação para não passarmos o drama que passamos", conta o bancário, acrescentando que a mulher ficou seis dias em uma unidade de terapia intensiva (UTI).
"A vacinação é importante para evitar esse tipo de complicação. Não é para evitar as infecções, pois sabemos que ela ainda não tem esse poder, mas (a imunização) evita casos graves e até a morte. As pessoas querem voltar para a 'normalidade', voltar ao que era antes da pandemia, e isso só será possível com o cumprimento do calendário vacinal", completa Guilherme.
Público-alvo
A aplicação da quarta dose se destina a quem tomou o primeiro reforço há, ao menos, quatro meses, segundo a recomendação do Ministério da Saúde. Agora, a população com mais de 18 anos pode escolher a vacina de preferência — entre Pfizer, AstraZeneca ou Janssen —, de acordo com a disponibilidade. No entanto, gestantes, puérperas e imunossuprimidos devem receber o imunizante da Pfizer. Além disso, a Secretaria de Saúde incluiu uma orientação: pessoas acima de 50 anos não devem receber o segundo reforço com a CoronaVac.
Aos adolescentes de 12 a 17 anos aptos a tomar a terceira dose, só é possível escolher entre Pfizer e CoronaVac. O público que recebeu a primeira aplicação da marca Janssen também pode procurar os pontos de atendimento para contar com o reforço. A maior parte deles funciona das 8h às 17h, neste sábado (2/7). Nos dias úteis, porém, há vacinação noturna para adultos em 17 pontos, em diversas regiões administrativas. A lista de endereços é atualizada diariamente no site da SES-DF (www.saude.df.gov.br/locaisdevacinacao).
Os dados do vacinômetro da SES-DF mostram que 90,7% da população com mais de 5 anos do DF (2,84 milhões) se vacinaram com uma dose. A taxa corresponde a mais de 2,52 milhões de pessoas. Em relação às duas primeiras e ao imunizante de aplicação única (Janssen), a quantidade passa de 2,42 milhões de habitantes (85,1%). Quanto ao reforço, mais de 1,73 milhão de brasilienses receberam o primeiro e 377,5 mil, o segundo.
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