Emergência global

DF tem o primeiro óbito por raiva humana confirmado neste sábado

O caso era o único confirmado e foi notificado pela Secretaria no início do mês. O jovem estava internado na rede de saúde particular do DF desde o dia 20 de junho

Correio Braziliense
postado em 30/07/2022 19:53 / atualizado em 30/07/2022 19:53
A morte foi confirmada pela Secretaria de Saúde neste sábado (30/7). -  (crédito: Fiocruz/reprodução)
A morte foi confirmada pela Secretaria de Saúde neste sábado (30/7). - (crédito: Fiocruz/reprodução)

A primeira morte por raiva humana no Distrito Federal foi registrada neste sábado (30/7), pela Secretaria de Saúde (SES-DF). A vítima foi um jovem, do sexo masculino, que tinha entre 15 e 18 anos, de acordo com informações da pasta. Ele era o único caso confirmado na capital do país.

O jovem estava internado na rede de saúde particular do DF desde o dia 20 de junho. O caso tinha sido notificado pela Secretaria no início do mês. Segundo a pasta, foram tomadas todas as medidas necessárias de investigação epidemiológica, controle e profilaxia (medidas preventivas para a preservação da saúde da população) junto aos familiares, profissionais de saúde e qualquer outra pessoa que teve contato próximo com a vítima.

A Secretaria de Saúde ressaltou, em nota, que medidas de bloqueio de foco e controle animal foram intensificadas em todo o DF. A campanha de vacinação antirrábica, em áreas urbanas e rurais, foi antecipada e teve início em 6 de julho. O órgão confirmou que, até a sexta-feira (29/7), foram imunizados 120.282 cães e gatos.

A doença

A raiva é uma doença zoonose — que passa dos animais ao homem e vice-versa —, transmitida por um vírus que envolve o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução. A transmissão da doença ocorre quando o vírus existente na saliva do animal infectado penetra no organismo através da pele ou de mucosas, por meio de mordida, arranhão ou lambida. Além disso, a raiva tem 99,9% de taxa de mortalidade.

Nos humanos, os sintomas são transformação de caráter, inquietação, perturbação do sono, sonhos tenebrosos; aparecem alterações na sensibilidade, queimação, formigamento e dor no local da mordedura; essas alterações duram de 2 a 4 dias. Posteriormente, instala-se um quadro de alucinações, acompanhado de febre; inicia-se o período de estado da doença, por 2 a 3 dias, com medo de correntes de ar e de água, de intensidade variável. Surgem crises convulsivas periódicas.

Em animais, há dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares, paralisia das patas traseiras. Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”, e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais. De acordo com a SES-DF, o último caso diagnosticado de raiva em cães foi em 2000 e, em gatos, no ano de 2001.

Prevenção

  • levar os animais domésticos para serem vacinados contra a raiva, anualmente;
  • procurar sempre o Serviço de Saúde, no caso de agressão por animais;
  • manter seu animal em observação se ele agredir alguém;
  • não deixar o animal solto na rua e usar coleira/guia no cão ao sair.

Colaborar com os Serviços de Saúde nas medidas de controle de raiva:

  • notificar a existência de animais errantes nas vizinhanças de seu domicílio;
  • informar o comportamento anormal de animais, sejam eles agressores ou não
  • informar a existência de morcegos de qualquer espécie;
  • providenciar a entrega de animais para coleta de material para exames de laboratório, nos casos de
  • morte dos animais com suspeita de raiva ou por causa desconhecida.

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