Quem acompanha as notícias no celular, televisão ou em outro tipo de dispositivo de mídia recebe a todo momento uma enxurrada de conteúdos, mas o caminho do fato até a notícia é desconhecido para a maioria das pessoas. Essa constatação inquietou o professor de geografia Wilson Martins, 44 anos. Ministrando conteúdos referentes a atualidades, ele era questionado pelos alunos sobre o processo de produção das notícias. A curiosidade dos estudantes o motivou a buscar uma aula diferente para a turma do Centro de Ensino Médio 01 do Guará I (CEM).
Decidido a descortinar o universo da informação, Wilson, que é leitor do Correio, teve uma ideia: levar os jovens para conhecerem a Redação do periódico mais antigo da cidade. "Vou ver se consigo lá no Correio Braziliense, sou assinante. De repente, a gente consegue ir lá, visitar e conhecer o local de trabalho dos repórteres", era a resposta dada pelo docente diante da ansiedade dos alunos, relembra Wilson.
Deu certo. Ao visitar o Correio, ontem, o professor substituiu, por algumas horas, os livros e apostilas pelo roteiro guiado para conversar sobre educação midiática e letramento. Assim, os alunos conversaram com jornalistas, fotógrafos e subeditores do site do Correio, como Vinícius Nader que falou da integração entre a produção on-line e o conteúdo do jornal impresso, duas modalidades abarcadas pelo Correio. Com a interação, o educador do Guará acredita que os alunos não só entenderão mais sobre o que está acontecendo no mundo, mas a maneira com que as informações chegam até os leitores. "Nesse processo, desenvolvemos assuntos, conversas, e eu acho que eles saem da sala sabendo um pouco mais sobre a atualidade."
Caminho profissional
A visita despertou o interesse da aluna Gabrielly de Souza, 15, pela atuação no jornalismo. A jovem conta que tem mais identificação com edição de imagens, mas não descarta atuar como repórter. "Cultura chama mais a minha atenção, pois envolve arte e diversos outros pontos que me fazem gostar dessa área. Acho legal ver também como cada cultura se comporta, seria bem legal trabalhar com isso", reconhece a estudante após visita à sede do Correio.
Além de sensibilizar possíveis talentos, a visita também desfez preconceitos. O estudante Diego Melo, 17, conta que imaginava um local de maior seriedade e sem muitas conversas, somente os repórteres concentrados em seus computadores e pautas. "Achei bem diferente do que eu imaginava, como a gente não tem muita ideia de como é o ambiente jornalístico, não sabemos a realidade de trabalhar em uma redação, pois só temos acesso ao jornal já pronto", diverte-se o aluno com a descoberta.
A recepção do Correio, além de atender a um pedido do professor Wilson, faz parte do projeto Leitores do futuro, da Fundação Assis Chateaubriand, para estimular o interesse na leitura por crianças e jovens.
*Estagiário sob a supervisão de Juliana Oliveira
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