Crime

Justiça nega devolver passaporte a paquistanês que atropelou e matou motociclista

Wasim Aftab Malik atropelou e matou Gilvane Cassemiro, de 52 anos, em agosto, na avenida Hélio Prates. Teste do bafômetro apontou embriaguez

Pablo Giovanni*
postado em 19/12/2022 17:58 / atualizado em 19/12/2022 18:06
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) negou o pedido da defesa do empresário paquistanês Wasim Aftab Malik, 46, para a devolução do passaporte para viagem internacional. Ele é acusado de atropelar e matar um motociclista, na madrugada de 5 de agosto. No teste de bafômetro, foi constatada embriaguez.

No pedido encaminhado à Justiça, os representantes do empresário argumentaram que o cliente queria a devolução do passaporte para viajar ao Paquistão por 20 dias, porque a sua genitora está internada na UTI de um hospital em estado grave. A defesa pontuou que não há fatos novos que justifiquem a manutenção da medida para que ele não possa sair do país, e que poderia ser estabelecida a monitoração eletrônica — no caso, uma tornozeleira.

Na decisão, o desembargador Asiel Henrique rejeitou todas as argumentações. O magistrado pontuou que, “apesar da excepcionalidade do pedido do paciente, não se pode ignorar a gravidade dos fatos que estão sendo apurados”. Asiel também observou que, caso fosse permitida a viagem de Wasim, o Brasil e o Paquistão não têm tratado de extradição.

O caso

Na madrugada de 5 de agosto, o empresário Wasim Aftab Malik, 46, atingiu um motociclista e matou outro na Avenida Hélio Prates, próximo à unidade de pronto atendimento (UPA) de Ceilândia. Sob efeito de 1.0 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, o condutor bateu na traseira das motos. Com a colisão, ele vitimou Gilvane Cassemiro, 52, que deixou sete filhos.

Vídeos que circulam pelas redes sociais (confira abaixo) mostram o condutor do Fiat Mobi de cor cinza ainda dentro do carro e no momento em que foi retirado do veículo pelos bombeiros, com sinais de embriaguez, como fala arrastada e andar cambaleante. “Ele estava muito fora de si, inclusive com dificuldade de conversar”, informou o então diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito (Detran-DF), Glauber Peixoto. O motoboy foi enterrado por familiares no dia seguinte ao crime.

O outro motociclista foi encaminhado a um hospital da região.

Wasin foi atendido no local pelo Corpo de Bombeiros (CBMDF). Ele foi indiciado pelos crimes de homicídio e lesão corporal, mas ainda não se tornou réu.

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*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso

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