Obituário

Morre o jornalista Luiz Orlando Carneiro, conhecido pela cobertura do STF

Luiz Orlando Carneiro morreu em decorrência de um quadro de insuficiência renal. Como jornalista, o profissional se estabeleceu como setorista do STF

Rafaela Martins
postado em 12/01/2023 12:16 / atualizado em 12/01/2023 12:26
 (crédito: Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)
(crédito: Camila de Magalhães/FAC/D.A Press)

Conhecido pela cobertura do Supremo Tribunal Federal (STF), o jornalista Luiz Orlando Carneiro morreu na noite desta quarta-feira (11/1), aos 84 anos, em decorrência de um quadro de insuficiência renal. O profissional estava internado em um hospital particular de Brasília nos últimos dias.

Conhecido pelas coberturas que realizou no Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz nasceu em 30 de outubro de 1938, no Rio de Janeiro, porém somente vinte anos depois se dedicou à carreira jornalística. Em 1958, ele atuou como repórter-estagiário no Jornal do Brasil, periódico mais importante do país na época.

No ano seguinte, Carneiro foi responsável pela cobertura do Itamaraty, período em que fez diversas viagens internacionais, entre 1959 e 1963. Depois, assumiu a subchefia de reportagem do jornal. Foi chefe de reportagem (1964-1969), editor de notícias (1969-1974), chefe da redação (1974-1979), chefe da sucursal em Brasília e diretor-regional (1979-1992).

Amante da música, em 1965, ele participou da fundação do Clube de Jazz e Bossa, junto com Jorge Guinle, Ricardo Cravo Albin, Ary Vasconcelos, Sérgio Porto, Vinicius de Moraes e Tom Jobim, mas não abandonou o trabalho com comunicação.

Em 1992, ainda no Jornal do Brasil, decidiu voltar a ser repórter para cobrir o STF, já que havia percebido que, com a Constituição de 1988, o tribunal se tornaria um ator relevante na República. Ninguém no país cobriu o STF por tanto tempo quanto Luiz Orlando Carneiro. Quando completou 50 anos de jornalismo, em outubro de 2008, o ministro Gilmar Mendes, então presidente da instituição, condecorou-o com uma medalha de ouro.

Luiz foi o primeiro repórter a ser contratado pelo JOTA, no ano da fundação da empresa, em 2014. Os últimos oito anos de sua carreira ocorreram no veículo. Luiz deixa as filhas Lúcia e Teresa e o filho Paulo.

 

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