ENTRE OS EIXOS DO DF

Participantes debatem sobre formas de ampliar o setor produtivo

Durante o evento promovido pelo Correio Braziliense, os integrantes do 1° Painel — indústria e comércio — avaliaram que investimentos e quebrar de paradigmas são meios para melhorar a economia da capital

Júlia Eleutério
postado em 30/01/2023 18:53 / atualizado em 30/01/2023 18:54
 (crédito: Khalil Santos/CB/D.A. Press)
(crédito: Khalil Santos/CB/D.A. Press)

No debate do 1º painel do evento Entre os Eixos do DF, promovido pelo Correio Braziliense, nesta segunda-feira (30/1), os representantes de setores industriais do Distrito Federal comentaram sobre como o setor produtivo pode ser ampliado para produção de renda para a capital. Com o tema "O papel da indústria e do comércio para o crescimento do DF", na avaliação dos participantes, o turismo e políticas atrativas são pontos importantes para a melhoria no setor.

Para o vice-presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra), Pedro Henrique Achcar Verano, a primeira questão a ser trabalhada é a quebra de paradigmas de que Brasília foi feita para ser uma cidade administrativa. "A indústria farmacêutica, quando vem para Brasília, por exemplo, consegue movimentar o setor da construção civil, o setor gráfico, a indústria de uniformes, toda uma cadeia produtiva", exemplifica.

Verano pontua que a quebra começa pela própria sociedade. "O governo tem que dar apoio para o desenvolvimento de ações e mostrar que temos segurança jurídica e políticas para atração de investimentos. Esse tipo de ação tem que partir de nós. Com esse rompimento de paradigmas, é possível dar início a industrialização de Brasília para poder gerar renda", destacou. 

O presidente da Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese/DF), Leonardo Ávila, chamou atenção para o documento "Panorama do Desenvolvimento do DF", produzido pela instituição com dados da última década. "Há um levantamento onde o governo deve atuar indicando as principais vocações econômicas da capital", comentou. "A gente dá a direção e acompanha o governo local para dinamizar a economia", pontuou. Entre os destaques estão os setores de turismo, logística, agronegócio, economia criativa, saúde, tecnologia e produção de serviços. "A gente tem muita mão de obra", ressaltou Ávila.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Distrito Federal (Sinduscon/DF), Dionyzio Klavdianos, avaliou que Brasília passou por um período de "treva política" e isso atrapalhou o desenvolvimento de alguns setores. "Passamos os últimos anos corrigindo um monte de incêndios. Está começando a haver mais diálogo entre o governo e a força construtiva", comentou.

Turismo

A respeito do turismo como um atrativo na capital, o presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido, pontuou que festas tradicionais como as que ocorrem em Brazlândia e Planaltina, além dos monumentos conhecidos, podem ser pontos explorados para atrair visitantes. "Estamos trabalhando para que as pessoas conheçam Brasília. Estamos levando para as embaixadas os pontos turísticos da cidade", comentou.

Aparecido destacou o aeroporto e os pontos turísticos do Eixo Monumental como focos de visitas. "Temos também uma gastronomia excelente e uma ótima rede hoteleira", destacou. "A gente quer que o mundo conheça os monumentos por dentro, porque as pessoas vão pelo lado de fora e tiram uma foto apenas", pontuou, avaliando que mantém diálogo com a Secretaria de Turismo do DF e o Ministério do Turismo.

 


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