Caso Elizamar

Envolvidos na maior chacina do DF passam por 1ª audiência em Planaltina

No começo da tarde desta quarta-feira, os cinco presos foram transferidos para o Fórum de Planaltina pelas viaturas da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais

Darcianne Diogo
postado em 21/06/2023 14:48
 (crédito: Redes sociais)
(crédito: Redes sociais)

Começa, nesta quarta-feira (21/6), o primeiro dia da audiência de instrução dos cinco acusados de participar da maior chacina do DF. Os presos Gideon Batista de Menezes, 55 anos, Horácio Carlos, 49, Carlomam dos Santos, 26, Fabrício Canhedo, 34, e Carlos Henrique Alves, 27, estão presentes no Fórum de Planaltina.

A audiência deve ocorrer também nesta quinta-feira (22/6) e servirá para colher todas as provas das partes e os depoimentos das testemunhas. O Correio apurou que, no começo da tarde desta quarta-feira, os cinco presos foram transferidos do Complexo Penitenciário da Papuda até o Fórum pelas viaturas da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (Dpoe).

Os réus respondem por quase 100 crimes, entre homicídios, latrocínio, ocultação de cadáver, fraude processual, sequestro e ocultação de cadáver. Um forte de esquema de segurança foi montado em frente ao fórum.

Veja por quais crimes os cinco acusados foram denunciados pelo MPDFT

Gideon Batista: é apontado como o mentor dos assassinatos. A motivação, segundo revelaram as investigações, foi em decorrência da chácara onde moravam Marcos Antônio Lopes, 54, a mulher dele, Renata Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior. Gideon foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa e roubo.

Horácio Carlos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Carlomam dos Santos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e ameaça com uso de arma.

Carlos Henrique Alves da Silva: responderá por homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime) e sequestro e cárcere privado.

Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Entenda o caso

A maior chacina do DF começou com o desaparecimento da cabeleireira Elizamar da Silva, 37, e dos três filhos, Gabriel, 7, e dos gêmeos, Rafael e Rafaela, 6. A mulher saiu do salão onde trabalhava, na 307 Norte, na noite de 12 de janeiro, após ser atraída para uma emboscada na casa onde moravam os sogros, Marcos Antônio Lopes, 54, e Renata Belchior, 52, — os dois também assassinados. A motivação, segundo revelaram as investigações, foi por causa da chácara onde Marcos morava, avaliada em R$ 2 milhões.

Também foram mortos o esposo de Elizamar, Thiago Silva, 30; a ex-mulher e as filhas de Marcos, Cláudia Regina, 55, Ana Beatriz, 19, e Gabriela Belchior, 25.

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