Atos antidemocráticos

CPI aprova requerimento para convidar ex-número 2 do GSI de Augusto Heleno

O requerimento foi aprovado pelos distritais nesta manhã. General Penteado será ouvido após o recesso parlamentar

Pablo Giovanni
postado em 29/06/2023 10:08 / atualizado em 29/06/2023 10:08
 (crédito: Carlos Costa/CMC)
(crédito: Carlos Costa/CMC)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF) aprovou, na manhã desta quinta-feira (29/6), o requerimento de convite para o general Carlos José Russo Assumpção Penteado, ex-secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional dos ex-ministros e generais Augusto Heleno e Gonçalves Dias.

O requerimento foi aprovado por todos os parlamentares presentes. Penteado entrou no radar da CPI após ser citado pelo ex-chefe do GSI, G. Dias, em depoimento à CLDF. O general foi um dos remanescentes do governo Bolsonaro no GSI, e teria dito que estava “tudo tranquilo” no Palácio do Planalto durante os atos de 8 de janeiro. Segundo G. Dias, ao questionar o motivo pelo qual não havia um bloqueio em frente ao Planalto, ele não soube responder.

“Por volta das 14h, inquieto e preocupado, pois assistia pela TV as manifestações e elas não batiam com o clima de controle que me havia sido descrito, decidi ligar para o celular do general Penteado. Era o meu secretário-executivo no GSI, general Carlos José Assumpção Penteado, que havia ocupado o mesmo cargo na gestão do meu antecessor, o Augusto Heleno”, disse, à época, aos distritais.

“Perguntei a ele por qual motivo o bloqueio da frente do Palácio do Planalto, que deveria ter sido feito pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), não havia sido montado. Aquele era o bloqueio do Plano Escudo do Planalto e tinha de estar montado. Não estava. Inclusive, cobrei dele, com um palavrão, o motivo de não ter sido montado. O general Penteado não deu resposta à minha pergunta. Saiu para montar o bloqueio de proteção, porque dei a ordem”, completou G. Dias.

O ex-GSI foi questionado, então, porque manteve Penteado no próprio governo. Respondeu que confia no Exército, por ser uma instituição do Estado e não de governo. No entanto, disse posteriormente que não deveria tê-lo mantido.

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