Ancestralidade

Projeto "Tranças no Mapa" fará nova oficina sobre cultura afro-brasileira

Inscrições começam nesta quarta-feira (12/7) e vão até 8 de agosto Ao todo, são 80 vagas para trancistas de todo o país. Projeto objetiva promover memória cultural afro-brasileira e direitos das mulheres negras

Mila Ferreira
postado em 12/07/2023 16:00
Paula Olívio trancista e Layla Maryzandra na primeira etapa da Oficina de Mapa Afetivo em 23/04 - Territorialidade e Identidades, em Santa Maria DF -  (crédito: Beatriz Andrade)
Paula Olívio trancista e Layla Maryzandra na primeira etapa da Oficina de Mapa Afetivo em 23/04 - Territorialidade e Identidades, em Santa Maria DF - (crédito: Beatriz Andrade)

O projeto "Tranças no Mapa" abriu, nesta quarta-feira (12/7), inscrições para a Oficina online intitulada “MALUNGAS: Patrimônio Cultural Afro-brasileiro” que ocorrerá nos dias 14 e 15 de agosto pela plataforma do Google Meet. A oficina tem a proposta de promover, a partir da memória cultural afro-brasileira, conhecimento e leitura crítica sobre patrimônio cultural assim como a sua importância no contexto sócio-histórico do país, tendo como mote direitos culturais para mulheres negras.

Para se inscrever basta ter experiência em trançar cabelos afro e ser mulher negra. As inscrições estão abertas para todo o Brasil, uma oportunidade de reunir trancistas de diferentes regiões do País. Para receber o certificado, é necessário participar das 4 horas de duração da oficina. Interessadas em participar devem acessar o link e preencher o formulário:

https://forms.gle/kkisRgM2Cxw4GDrE8

Oficinas 

Conforme os organizadores do projeto, o objetivo é descobrir durante as oficinas presenciais e online como as mulheres negras trançadeiras, no seu cotidiano profissional, são transmissoras de saberes manifestos em modos de fazer e expressões que constituem a memória e a identidade de um povo.

Pautada na estética do corpo como centralidade da preservação de práticas culturais relacionadas com o cabelo, a primeira etapa da oficina sobre “Territorialidades e Identidades”, foi iniciada no dia 23 de maio, no Espaço Cultural Moinho de Vento, em Santa Maria Sul. Com carga horária de 4 horas, a atividade contou com a presença de trancistas que debateram sobre mapas afetivos e cartografia social a partir dos conceitos de território e identidade, além de compartilhar histórias de vida e iniciar o mapeamento de memórias familiares.

A segunda oficina ocorreu no dia 3 de junho e promoveu uma troca de experiências ancestrais com a visitação aos baobás plantados em Brasília. O condutor do processo foi o pesquisador e professor André Lúcio Bento, que também fez uma discussão sobre a patrimonialização dos baobás do DF. Dando continuidade ao mapeamento das memórias e o registro de vida em mapa, a terceira etapa das oficinas aconteceu no último dia 10 julho e foi realizada no Salão Estúdio África, na Candangolândia.

Julho das Pretas 

O próximo evento da programação é voltado para 80 Trancistas de todo o Brasil e acontece nos dias 14 e 15 de agosto, às 19h pelo Google Meet. As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de agosto. A proposta entra na agenda do 25 de julho, Dia Internacional das Mulheres Negras, Afros, Latino-americanas e Caribenhas, assim como o Dia 31 de julho da Mulher Africana. 

A oficina online contará com a mediação da pesquisadora e coordenadora do projeto Trança no Mapa, Layla Maryzandra Sankara e será ministrada por pela mestranda em patrimônio, cultura e sociedade Luciene de Souza. Idealizado e coordenado pela pesquisadora Layla Maryzandra, o Tranças no Mapa faz parte da pesquisa de campo do Programa de Mestrado em Sustentabilidade junto a Povos e Territórios Tradicionais (MESPT) da Universidade de Brasília (UNB), com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC).

 

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