Atos antidemocráticos

Blogueiro da bomba chega a Brasília, vindo do Paraguai com outros dois presos

Wellington Macedo e outros dois bolsonaristas, entre eles uma suspeita de financiar um ônibus lotado de golpistas às vésperas do 8 de janeiro, já estão na capital federal

O destino do radialista e do blogueiro irão para o Complexo Penitenciário da Papuda, enquanto a empresária para a Colmeia, no O destino do radialista e o blogueiro irão para o Complexo Penitenciário da Papuda, enquanto a empresária para a Colmeia, no Gama -  (crédito: Reprodução)
O destino do radialista e do blogueiro irão para o Complexo Penitenciário da Papuda, enquanto a empresária para a Colmeia, no O destino do radialista e o blogueiro irão para o Complexo Penitenciário da Papuda, enquanto a empresária para a Colmeia, no Gama - (crédito: Reprodução)
postado em 15/09/2023 20:32 / atualizado em 15/09/2023 21:38

O blogueiro Wellington Macedo, condenado por tentar explodir uma bomba nas proximidades do Aeroporto de Brasília, em 24 de dezembro do ano passado, e mais dois bolsonaristas procurados pela Justiça brasileira chegaram a Brasília, na tarde desta sexta-feira (15/9). O blogueiro foi detido em uma operação conjunta da polícia paraguaia com a Interpol, no extremo leste do Paraguai. O destino será o Complexo Penitenciário da Papuda.

De acordo com as autoridades do país vizinho, Wellington foi detido nas proximidades da governadoria de Alto Paraná. Ele chegou a resistir à prisão, e foi apresentado à delegacia com manchas de sangue e sujo de lama. Além do blogueiro, a polícia paraguaia cumpriu outros dois mandados de prisão de foragidos da Justiça brasileira: a empresária paulista Rieny Munhoz Marcula Teixeira e o radialista Maxcione Pitangui de Abreu.

A empresária de Campinas estava foragida desde 20 de janeiro, e é apontada como uma das financiadoras dos atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Rieny é investigada por ter fretado um ônibus com 39 pessoas rumo ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, às  vésperas do 8/1. Por isso, em janeiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o bloqueio das contas bancárias dela.

Já o radialista Maxcione Pitangui de Abreu está foragido desde dezembro, após ter tido a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por ter compartilhado, nas redes sociais, campanha contra o processo eleitoral brasileiro e a favor de um golpe militar. Ele foi candidato nas últimas eleições ao cargo de deputado estadual no Espírito Santo pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), mas não se elegeu.

A expectativa é de que o radialista e o blogueiro sejam encaminhados ao Complexo Penitenciário da Papuda ainda hoje, e a empresária para a Penitenciária Feminina, conhecida como Colmeia, no Gama. Os nomes dos acusados ainda não entraram no sistema como custodiados ativos do DF.

Diferente de outros dois acusados, que tinham apenas um mandado de prisão em aberto, Wellington era alvo de duas ofensivas da Justiça brasileira. Ele era procurado pelo caso da bomba, além de um outro mandado de prisão sobre os atos da tentativa de invasão à sede da PF, em 12 de dezembro do ano passado.

Explosivo

 

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Wellington Macedo e Alan Diego dos Santos Rodrigues deixaram um artefato explosivo em um caminhão-tanque. Wellington frequentava o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército antes de tentar explodir o aeroporto, e estava hospedado em um hotel no Setor Hoteleiro Norte, em Brasília. Dois dias após o plano dar errado, ele rompeu a tornozeleira eletrônica.

Antes de ser preso nesta quinta, a última informação era de que Wellington estava no Paraguai, e tentou se credenciar para posse do presidente paraguaio Santiago Peña, em Assunção, no mês passado. O pedido foi negado pelo governo paraguaio, após o governo brasileiro ter avisado sobre a possível presença de Wellington.

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