Investigação

Diretor da PCDF que pediu exoneração do cargo apresenta licença médica

O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Robson Cândido é alvo de dois inquéritos policiais e um procedimento disciplinar dentro da corporação, envolvendo uma denúncia de stalking. Ele ficará afastado até 2 de novembro

O delegado é investigado em dois inquéritos policiais, além de um procedimento administrativo disciplinar -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
O delegado é investigado em dois inquéritos policiais, além de um procedimento administrativo disciplinar - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
postado em 05/10/2023 17:46 / atualizado em 06/10/2023 10:24

O ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Robson Cândido, apresentou uma licença médica na corregedoria da corporação e ficará afastado das atividades até 2 de novembro. O delegado é investigado em dois inquéritos policiais, além de um procedimento administrativo disciplinar. Cândido pediu para deixar o cargo na segunda-feira (2/10), por ter o nome envolvido no meio de polêmicas.

No período em que estiver de atestado, Cândido não poderá sofrer sanções — como o afastamento das funções públicas, por exemplo. Conforme o Correio, em conjunto com a TV Brasília, mostrou, na edição desta quinta-feira (5/10), o ex-diretor-geral está envolvido em uma crise dentro da estrutura da corporação, além de polêmicas sobre relacionamentos pessoais e traições.

O delegado teria deixado a função para evitar um escândalo maior. A esposa de Cândido, além de uma outra mulher que mantém relacionamento com ele, registraram um boletim de ocorrência conjunto contra o ex-diretor-geral na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), no domingo (1°/10). Elas solicitaram medida protetiva, mas o juiz não deferiu.

A reportagem apurou que, oficialmente, a corregedoria da corporação investiga o ex-diretor em dois inquéritos — um para cada vítima —, além de procedimento administrativo disciplinar. Por todo caso envolver uma perplexidade, o processo tramita em segredo de Justiça. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) instaurou procedimento interno para apurar a denúncia.

A jovem que registrou o boletim de ocorrência junto com a esposa de Cândido teria se envolvido com o ex-diretor-geral. Ainda enquanto o principal nome da PCDF, o delegado teria indicado a jovem para atuar em um cargo comissionado na Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), com salário bruto de R$ 13,2 mil.

O caso

O caso foi parar na Corregedoria da PCDF, onde o ex-delegado-geral terá condições de se defender e se explicar. Os detalhes são mantidos sob sigilo. Mas, o caso envolveria uma reclamação de crime de stalking, previsto na Lei 14.132/2021.

Stalking ocorre quando alguém persegue uma pessoa, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade.

Desde que pediu exoneração, Cândido tem evitado contatos públicos. Apagou o perfil no Instagram e aguarda o momento de se defender. O novo delegado-geral, José Werick, era chefe de gabinete do sucessor. A decisão por manter nomes ligado a Cândido ocorreu em uma decisão conjunta do governador com o secretário de Segurança Pública.

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