CB.Saúde

"Historicamente o auge da dengue é entre abril e maio", avalia sanitarista

Ao CB.Saúde, Jonas Brant conta que as chuvas que estão por vir e a temperatura facilitam a proliferação do Aedes aegypti

Jonas Brant conta que o pico da dengue ainda está por vir e precisamos fazer esforços muito grandes para diminuir a contaminação da doença -  (crédito:  Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
Jonas Brant conta que o pico da dengue ainda está por vir e precisamos fazer esforços muito grandes para diminuir a contaminação da doença - (crédito: Kayo Magalhães/CB/D.A Press)
postado em 15/02/2024 15:32 / atualizado em 15/02/2024 15:34

A dengue ainda tem um potencial de crescimento e o pico deve acontecer entre abril e maio. A avaliação é de Jonas Brant, sanitarista, professor da UnB e coordenador da sala de situação de saúde da universidade, durante o programa CB.Saúde — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quinta-feira (15/2). Às jornalistas Sibele Negromonte e Mila Ferreira ele conta que a vacina contra a doença só fará efeito após a segunda dose.

Para o sanitarista, as ações de combate à dengue foram atrasadas e deveriam ser feitas logo após a observação do aumento de casos no ano passado. “Em outubro e novembro, tivemos um crescimento exponencial no número de infectados. Um plano não foi acionado. Precisamos aprender onde foram as falhas para que elas não possam se repetir no futuro”, destaca.

O professor relata que o pico da doença causada pelo Aedes aegypti ainda não chegou e só acontecerá em abril e maio. “Historicamente o auge é nesses momentos. Imaginamos que ele vá ocorrer da mesma maneira. As chuvas estão aumentando, mesmo com todo o esforço que o DF faça e consiga ampliar de maneira efetiva o número de agentes no combate ao mosquito, a tendência é que o volume das precipitações e a temperatura facilitem a proliferação do vetor. Precisamos de um esforço muito grande e uma escala de resposta muito maior do que o que estamos vivenciando para reduzir a transmissão”, pontua.

Segundo Jonas Brant, a forma que o fumacê vai até as casas sem um aviso com grande antecedência diminui a efetividade dessa providência. “Precisamos remover os criadouros antes de passar o inseticida, pois se matamos muitos mosquitos com a fumaça hoje e não tiramos esses focos, amanhã nascerá mais. É preciso que a comunidade daquele bairro saiba dessa ação. Com isso, eles podem abrir as portas e janelas de suas residências, matando insetos em todos os cantos”, finaliza.

Veja a entrevista na íntegra

 

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

 

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