Saúde pública

Dengue: "Preocupante", diz infectologista sobre baixa adesão de vacinação

O infectologista Henrique Lacerda é um dos painelistas do debate do Correio sobre o enfrentamento à dengue no país

Henrique Valle Lacerda:
Henrique Valle Lacerda: "Estamos em um cenário de pandemia. O Correio trazer especialistas para comentar o tema é essencial, porque a gente consegue levar informação a população de como prevenir" - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
postado em 29/02/2024 09:53 / atualizado em 29/02/2024 09:54

O infectologista Henrique Valle Lacerda, do Hospital Brasília, comentou que o debate proposto pelo Correio Braziliense, no combate à dengue, é essencial para alertar a população sobre as melhoras formas de acabar com o mosquito Aedes aegypti.

Lacerda é um dos painelistas do CB.Debate Dengue, uma luta de todos, realizado no auditório do Correio, na manhã desta quinta-feira (29/2). Para o especialista, a iniciativa do jornal é essencial para que a doença seja controlada na capital federal e nas demais unidades da Federação. "Estamos em um cenário de pandemia. O Correio trazer especialistas para comentar o tema é essencial, porque a gente consegue levar informação a população de como prevenir. É a maneira de chegar em mais pessoas as informações sobre a dengue”, explicou Lacerda.

O infectologista demonstrou preocupação com a baixa adesão à campanha de vacinação contra a doença, focada entre crianças de 10 e 11 anos. O último balanço divulgado pela pasta mostra que 20 mil crianças dessa faixa etária foram vacinadas.

“As pessoas que tiveram dengue e que não tiveram dengue podem ser vacinadas. Uma das melhores formas de prevenir é a vacinação, principalmente das nossas crianças”, disse. “É essencial a vacinação, mas infelizmente estamos vendo uma baixíssima adesão. É preocupante e, por isso, o debate se torna de suma importância”, completou o especialista.

Dados

O último balanço divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) revelam que 55 pessoas morreram pela doença entre 1° de janeiro e 24 de fevereiro.

Os números constam no boletim epidemiológico. Os dados atualizados pela pasta citam que a capital federal ultrapassou os 100 mil (100.558) casos prováveis da doença. Dos casos, 97,9% são moradores da capital federal, enquanto os demais são residentes de outros estados, como Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

CB. Debate

O seminário presencial é realizado no auditório do jornal, mas contará com transmissão ao vivo no site e nas redes sociais do Correio.

O evento será mediado pelos jornalistas Carlos Alexandre e Adriana Bernardes, ambos do Correio Braziliense. São 14 painelistas confirmados: Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal; Lucilene Florêncio, secretária de Saúde do Distrito Federal; Márcio Garcia, diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde; Antônio Barra Torres, diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Breno Adaid, pesquisador e professor da Universidade de Brasília (UnB); Doutor Luizinho (PP-RJ), deputado federal; Wildo Navegantes Araújo, professor de epidemiologia da UnB; Allan Bruno de Souza Marques, diretor assistencial do Grupo H Dia; Henrique Valle Lacerda, infectologista do Hospital Brasília da Rede DASA; Marcelo Maia, coordenador médico do CTI do Hospital Anchieta Rede Kora-DF; Rodrigo Gurgel Gonçalves, professor associado da Faculdade de Medicina da UnB; Luciana Mendonça Barbosa, coordenadora do serviço de Neurologia do Hospital Sírio; Zacharias Calil (União-GO), deputado federal; Alexandre Lima Rodrigues da Cunha, coordenador científico da Sociedade de Infectologia do DF, infectologia do Hospital Sírio Libanês e do Laboratório Sabin.

 

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