Investigação

PCDF desmantela grupo criminoso liderado por correspondente bancária

A investigação começou depois que um servidor público recebeu uma proposta vantajosa de portabilidade do empréstimo consignado. O morador de Taguatinga teve um prejuízo de R$ 200 mil após transferir dinheiro para uma falsa financeira

Grupo fez inúmeras vítimas -  (crédito: PCDF/Divulgação)
Grupo fez inúmeras vítimas - (crédito: PCDF/Divulgação)
postado em 21/03/2024 17:30

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desencadeou, nesta quinta-feira (21/3), a operação Hard Times e desmantelou uma organização criminosa de estelionatários especializados no golpe de portabilidade de empréstimos consignados. A ação contou com o apoio das Polícias Civis de São Paulo e Minas Gerais.

A investigação começou há cerca de cinco meses, após um servidor público, morador de Taguatinga, receber uma proposta vantajosa de portabilidade do empréstimo consignado. Contudo, após receber o dinheiro do novo empréstimo, a vítima foi convencida a transferir o dinheiro para uma falsa financeira, acreditando que estaria quitando seu empréstimo. O prejuízo ficou em cerca de R$ 200 mil.

Durante a operação, os policiais localizaram a central de golpes em São Paulo e cinco pessoas foram presas em flagrante por integrar organização criminosa. "Outros seis envolvidos tiveram as prisões preventivas decretadas pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga, que também expediu nove mandados de busca e apreensão e determinou o sequestro de veículos automotores e de até R$ 2 milhões", afirmou o delegado Thiago Boeing, adjunto da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte).

A líder do grupo é uma correspondente bancária de um banco público, que mora em Indaiatuba (SP) e, segundo as investigações, utilizava falsas financeiras de moradores das cidades de Ouro Verde (SP) e Viçosa (MG). Já o núcleo de cooptação de “clientes” funcionava em São Paulo e era composto por jovens que mantinham contato com cliente a partir de uma “central” que funcionava dentro de uma produtora de vídeos clipes musicais, na Cidade Patriarca, São Paulo, pertencente aos próprios estelionatários.

Os autores irão responder pelos crimes de estelionato (fraude eletrônica), organização criminosa e lavagem de capitais, podendo ser condenados até 26 anos de prisão. Já os valores sequestrados serão revertidos para sanar o prejuízo causado às vítimas.


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