Nesta segunda-feira (8/4), quatro dos cinco ciclistas vítimas do atropelamento que aconteceu no SIA, na sexta-feira (7/4), compareceram à 3ª Delegacia de Polícia do Cruzeiro para prestar depoimento. O advogado das vítimas, Roani Pereira do Prado, acompanhou as oitivas e disse ao Correio que está trabalhando para que o acusado, Allan das Chagas Araújo, seja julgado por cinco tentativas de homicídio.
“Nós estamos indo ao IML (Instituto Médico Legal) para convalidar os ferimentos que eles tiveram para que consigamos acelerar o inquérito policial. Quanto mais demorar, pior é. Como o acusado está preso, temos que fazer com que o inquérito se encerre o mais rápido possível”, disse.
A defesa informou que a tentativa de homicídio será buscada, principalmente, por causa dos agravantes. “Os fatos são graves. Nós estamos falando de um acusado que já teve problemas passados, em 2012, referente ao mesmo ato, e que tem outros problemas”, declarou Roani.
“No momento em que o veículo bateu na primeira vítima, devia estar a mais ou menos 130 quilômetros por hora. Então, ele estava, sim, em alta velocidade”, afirmou o advogado. Ele citou que a CNH suspensa e o fato de estar embriagado são agravantes que dão mais força à tese de que o atropelamento deve ser julgado como tentativa de homicídio.
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Também na manhã desta segunda-feira, o delegado responsável pelo caso, Victor Dan, disse que, além dos cinco ciclistas, um pedestre foi atingido. De acordo com o delegado, o pedestre trabalha na mesma churrascaria que os demais e estava voltando do expediente.
Em entrevista, as vítimas relataram que o fato de o autor ter tirado uma vida anteriormente, por acidente de trânsito, os deixa mais revoltados. “A gente ficou mais nervoso ainda, ele já cometeu esse ato e não pode continuar livre para fazer de novo. Isso não pode acontecer”, disse Henrique Ribeiro Alves, 22, uma das vítimas do atropelamento.
Erlano Giovanni Santos, 26, contou que ficou sem chão e sentiu muito medo quando soube dos antecedentes do motorista. Ele contou que fazia o mesmo caminho todos os dias e que poderia ter perdido a vida. “Agora a gente espera justiça”, completou.
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