Um lugar recheado de cultura, dos mais variados tipos, além de uma cerveja gelada e bons tira-gostos. É assim que a Galeria Olho de Águia, criada pelo fotógrafo Ivaldo Cavalcante, 68 anos, funciona na CNF desde 2002. "No início, o espaço era usado para guardar meu acervo fotográfico e abria somente aos sábados", conta Ivaldo.
Segundo o fotógrafo, apenas em 2012, o negócio engrenou e a dedicação à galeria em Taguatinga Norte passou a ser 100%. "Aconteceu que pegamos um espaço grande e a imaginação começou a voar", brinca. "Com o tempo, pensei em vários projetos voltados para a comunidade na galeria. Temos muitas frentes ligadas à cultura", detalha o artista.
Ivaldo revela que a ideia do nome "Olho de Águia" para a galeria veio depois de um texto lido na internet sobre o animal. "Desde então, me apaixonei pela águia e prezo por tudo que ela representa. Tem um trecho (do texto) falando que a águia tem um olhar monocular e outro binocular. Um deles é mais periférico, criativo para saber o que ela vai fazer. Então, posso dizer que o nome da galeria está ligado a esse olhar criativo que a águia tem. Tento representá-lo aqui", observa.
O projeto piloto, voltado à comunidade taguatinguense, foi o Imagem Sem Fronteiras. "Ele está indo para a terceira edição e serve para expor fotografias de guerra dos convidados, que sempre são um brasileiro e quatro estrangeiros", explica o proprietário da galeria.
Filho de Taguatinga
Para Ivaldo, o espaço já deixou um legado para as gerações futuras. "Existem várias vertentes dentro da galeria e isso é muito enriquecedor para a cidade, pois cria um vasto acervo cultural para todos os moradores", avalia. "Muitos adolescentes que visitam a galeria, atualmente, são filhos de amigos que fiz na década de 1970 e é maravilhoso estar em contato com eles, semeando um pouco da cultura local", comenta o fotógrafo.
Ivaldo afirma ser uma honra estar vivenciando mais uma geração de taguatinguenses que visita a galeria. "Tem muitos valores por aqui e acredito que a nossa cultura continua pulsando", observa. "Parte disso se deve à existência da galeria, pois ela consegue reunir pessoas de idades e pensamentos diferentes", acrescenta.
O fotógrafo é um "filho de Taguatinga" e destaca o crescimento da região. "É muito legal ver a expansão que estamos tendo, mesmo que limitada", ressalta. "Tenho muitos momentos marcantes por aqui, mas só o fato de estar registrando todo o acervo cultural da cidade, é uma alegria muito grande para mim", garante Ivaldo.
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