
O Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) denunciou Francisco Evaldo, 56 anos, por três crimes. O comerciante está preso no Complexo Penitenciário da Papuda acusado de matar a tiros o empresário Adriano de Jesus, 50, e tentar contra a vida do filho da vítima, Gabriel Ferreira, 20. A denúncia segue para a Justiça, que decidirá se aceita ou não. O crime ocorreu após uma discussão por vaga de estacionamento em uma sombra, embaixo de um coqueiro.
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A denúncia foi oferecida à Justiça nesta sexta-feira (14/2) pelo promotor Tiago Dias Maia, que frisou as circunstâncias em que o crime foi praticado. “Os crimes foram praticados por motivo fútil, pois o denunciado assim agiu em razão de desentendimento banal entre vizinhos. [...] com recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois os disparos foram efetuados de maneira repentina, reduzindo significativamente suas chances de reação eficaz. O meio utilizado pelo denunciado gerou perigo comum, pois Francisco efetuou múltiplos disparos de arma de fogo de alto poder lesivo, em via pública de uma área residencial, em horário de considerável circulação de pessoas”, elencou.
Francisco foi denunciado por homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de meio cruel, com recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e para assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outro crime. Contra Gabriel, ele responderá por tentativa de homicídio com as mesmas qualificadoras citadas, bem como por posse ou porte ilegal de arma de fogo.
O advogado Marcos Akaoni, que atua como assistente de acusação do caso, achou justa a denúncia. “Após o acesso às imagens acostadas aos autos é perceptível que o acusado Francisco colocou outras pessoas em risco, gerando um perigo comum, pois efetuou múltiplos disparos de arma de fogo de alto poder lesivo, em via pública de uma área residencial, em horário de considerável circulação de pessoas. Com essa inserção da qualificadora supra, acreditamos que estaremos mais próximos de uma justa pena, quando o acusado for levado para o plenário do júri e sete pessoas da região de Samambaia analisarão sua conduta. Esperamos que seja condenado na pena máxima pelo crime consumado e pena máxima no crime tentado”, declarou.