
As duas apresentações abertas ao público do espetáculo musical Chatô & Os Diários Associados — 100 anos de paixão levaram ao teatro amantes da arte e admiradores de Assis Chateaubriand. O Correio conversou com os espectadores que prestigiaram a apresentação e também a exposição de fotos que estava em exibição no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
O espetáculo atraiu espectadores de todas as idades nessa quarta-feira (11/6). O casal Caio Tomás e Ana Luísa Azevedo, ambos de 24 anos, foi um dos presentes na última sessão do espetáculo. Segundo a servidora pública, uma colega, que assistiu a peça na terça-feira, indicou. "Eu não conhecia sobre a vida de Chatô, mas como sou interessada tanto em arte como política, decidi vir e trouxe meu marido", comentou. "Estava bem 'crua', mas como a peça foi bem descritiva, deu para conhecer bastante da história, mas o que mais me interessou foi a parte da política", acrescentou.
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A biografia de Assis Chateaubriand, escrita por Fernando Morais, ajudou a mobilizar o público para o teatro. Os aposentados Maria Eliza Samartini, 66, e José Bonifácio, 70, também curtiram a peça. Maria disse que leu o livro sobre Chatô e, por isso, decidiu assistir o espetáculo. "A história dele é muito rica. Enquanto jornalista, ele criou os Diários Associados, mas também foi político e embaixador, por exemplo. Foi um cara que tinha um grande poder de influência", avaliou.
Na opinião de Bonifácio, o mais impressionante na história de Assis Chateaubriand foi o poder que ele adquiriu na época em que foi dono e mandava nos Diários Associados. "Ele construiu um grande império e utilizou isso tanto para o bem quanto para o mal", opinou.
Rubens Rezende, 79, também leu o livro sobre Chatô e ficou sabendo da peça por meio de propagandas. "Pelo que li, ele era uma pessoa fantástica, uma pessoa que estava muito à frente de seu tempo", descreveu. "Foi um bom show, gostei de tudo o que foi abordado durante o espetáculo", comentou o aposentado.
Sem esquecer
O professor Eduardo Perez, 64, conhece a história de Chatô e ressaltou que ele foi muito importante para a imprensa brasileira. "Gostei muito da abordagem dos anos 60, falando sobre a ditadura militar. Nos tempos em que vivemos, é preciso fortalecer esse discurso. É algo que nunca pode ser esquecido", observou.
Amigos do diretor do espetáculo, Tadeu Aguiar, o casal Jaqueline Magalhães, 59, e o ex-deputado federal baiano Jutaí Magalhães, 69, elogiaram a história de Chatô. "É maravilhosa, né? Esse homem empreendedor", elogiou ela. "Eu conheci o Chatô em 1960, quando meu avô era governador da Bahia. Eu era muito pequeno, mas me recordo. Foi muito interessante. Naquela época, já existia a TV Itapoã, que era dos Diários Associados", recordou ele.
De passagem por Brasília, o cearense Paulo Avelino, 63, aproveitou para conferir o espetáculo. "Eu estava planejando a viagem quando soube da peça e resolvi encaixar os meus dias em Brasília de forma que eu conseguisse assistir", comentou o aposentado. "Achei uma oportunidade rara, não sei se essa peça vai pro Ceará, então vim logo vê-la aqui. "Li o livro do Fernando Morais e o Chatô é uma figura realmente muito interessante", acrescentou.
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