
A abertura oficial do evento que celebra os 200 anos das relações diplomáticas entre Brasil e França ocorreu ontem, no espaço entre o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional. A performance da renomada funâmbula (equilibrista) francesa Johanne Humblet, da companhia Les Filles du Renard Pâle, fazendo a travessia em 250m de corda entre os dois monumentos, equilibrando-se a 25m de altura, impressionou o público pelo ineditismo e pela ousadia.
Além da performance, o evento reuniu representações dos dois países e ofereceu em uma programação diversificada, com apresentações musicais da artista Angélique Kidjo, que contou com a participação especial das cantoras Daniela Mercury, Karla da Silva e Puma Camillê. O Boi de Seu Teodoro — grupo folclórico que mudou-se para Brasília na época da construção da capital — também encantou o público com suas cores e animação.
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A cerimônia reuniu a ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, o embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, a presidente do Instituto Francês, Eva Nguyen Binh, o presidente do Instituto Guimarães Rosa, Marco Antonio Nakata, e os comissários da Temporada, Anne Louyot e Emilio Kalil.
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Fórum internacional
O festival também promoveu o Fórum Internacional Juventude e Democracia, que reuniu 80 jovens líderes brasileiros e franceses em mesas-redondas, workshops, cine-debates e performances artísticas.
A embaixadora da França na Armênia, Anne Louyot, destacou ao Correio a importância do evento. "O encontro foi emocionante por simbolizar a construção de pontes entre os dois países a partir da juventude", afirmou.
Segundo Louyot, um dos pontos mais interessantes foi a proposta dos jovens de criar uma plataforma que reúna, de forma acessível, todas as oportunidades para o desenvolvimento de projetos culturais. "Nem sempre é de fácil acesso", observou ela. Para a embaixadora, fortalecer a relação entre França e Brasil é fundamental para a democracia. "Agora vamos ver como podemos concretizar essas propostas", completou.
Michelle Cano, diretora-geral do festival e presidente do Coletivo Mawê, relata que o fórum tratou de assuntos essenciais em tempos atuais. "Tivemos quatro eixos de conversas: equidade de gênero, combate a desinformação, democracia e cultura e empreendedorismo social e solidário. No evento, jovens brasileiros e franceses discutiram recomendações sobre a realidade e como os governos podem dar mais suporte para essas ações", ressalta.
A diretora conta que a troca entre os jovens resultou na elaboração de um documento de recomendações que será entregue às autoridades. "Foi uma troca construtiva, conhecemos a realidade deles e eles a nossa. Agora, é momento de celebrar", afirmou. Dentre os participantes do fórum, estiveram Erika Hilton, Preto Zezé, Christelle Foucault (França), Rebecca Vieira e Rita Von Hunty.
Próximos eventos
O Festival Convergências é realizado pelo Coletivo Mawê (produtora do Festival CoMA) e inaugurou oficialmente a temporada França-Brasil 2025 em Brasília, entre 18 e 21 de agosto. A programação segue até dezembro em mais de 15 cidades brasileiras, com mais de 300 atividades apresentadas pela França. O próximo destino é São Paulo, em setembro, seguido por Belém.
Em Brasília, as celebrações encerram no dia 23 de agosto, com o Festival CoMA, um dos maiores eventos musicais da capital, que integra a agenda dos intercâmbios artísticos. O evento será realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com apresentações dos artistas franceses Aluminé, Ronisia e Sônge, das 17h às 2h.
Cooperação internacional
O festival é fruto de uma colaboração entre o Instituto Guimarães Rosa e o Institut Français, com patrocínios dos ministérios da Cultura e das Relações Exteriores dos dois países. A temporada França-Brasil 2025 começou em abril, com atividades do Brasil na França, e seguirá até setembro. Este é o terceiro intercâmbio cultural entre os países.
Saiba Mais
Serviço
Festival CoMA
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), Brasília
Data: 23 de agosto, das 17h às 2h
Ingressos: https://ccbb.com.br/brasilia/programacao/coma-2025/
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