Fotografia

Dia da Fotografia: O Correio mergulha em imagens icônicas do acervo

No Dia Internacional da Fotografia, o Correio mergulha no arquivo do jornal para relembrar imagens que capturaram momentos únicos, sob o olhar sensível e técnico de fotógrafos profissionais

Uma imagem pode valer mais do que mil palavras. Algumas se tornam verdadeiros símbolos da história da capital federal e do que é o jornalismo. Neste Dia Internacional da Fotografia, celebrado hoje, mergulhamos no arquivo do jornal para relembrar os registros que capturaram momentos únicos, sob o olhar sensível e técnico dos fotógrafos que fizeram (e ainda fazem) a diferença nas páginas do Correio Braziliense.  

De flagrantes políticos a cenas do cotidiano que emocionaram Brasília e o Brasil, essas fotografias não apenas documentaram fatos, mas também os eternizaram com arte e impacto. E quem melhor para narrar essas histórias do que os próprios autores das imagens?  Os fotógrafos do Correio revelam os bastidores, as emoções e os desafios por trás de seus cliques mais memoráveis. Uma homenagem à fotografia como instrumento de informação, memória e, acima de tudo, paixão.  

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Arte de eternizar momentos

Com mais de quatro décadas de trajetória, o editor de Fotografia do Correio, Wanderley Pozzebom, resume sua vida profissional em uma palavra: permanência. "Tenho 43 anos de fotojornalismo. A profissão superou várias etapas do jornalismo, do preto e branco ao digital, sempre com a mesma importância: eternizar os fatos por meio da imagem. O fotojornalismo escreve a história da humanidade pela luz", afirma.

Wanderlei Pozzembom/CB/D.A Press - Pacientes psiquiátricos abandonados em Goiânia
 

 

Sensibilidade que transforma

Ed Alves tem quase duas décadas de carreira no fotojornalismo e carrega na bagagem imagens que marcaram o noticiário e a memória coletiva. "Desde jovem, sempre gostei de fotografia, mas foi no jornalismo que encontrei a possibilidade de transformar esse gosto em profissão", conta. Alves destaca que a fotografia no jornalismo vai além da técnica: exige sensibilidade para captar o instante certo e transformá-lo em denúncia, memória ou emoção. "O jornalismo é como uma liturgia. O fotógrafo precisa estar sempre atento, como um médico da luz, acompanhando tudo o que acontece, seja na política, no esporte ou nos fatos da cidade", compara.

Ed Alves/CB - Primeira missa no Brasil celebrada pelo papa Francisco
 

 

História em movimento

Carlos Vieira vive bem a experiência da foto. Ele lembra que sua trajetória no fotojornalismo começou em Niterói (RJ), cidade onde nasceu e realizou os primeiros cursos de fotografia. "Em Brasília, comecei como freelancer, em um projeto chamado Identidade com Futuro, e logo passei a trabalhar na sucursal de Taguatinga", recorda-se. A carreira teve uma pausa em 2008, quando decidiu estudar na Austrália e na Inglaterra, mas foi retomada em 2012. Entre os muitos momentos marcantes da profissão, Vieira destaca a cobertura da tragédia da Boate Kiss, em 2013. "Foi um dos momentos mais emocionantes. Viajei para lá e encontrei uma cidade inteira de luto", lembra. 

Carlos Vieira/CBPress - Presidente Lula e a dor causada pela bursite

 

Vida dedicada à fotografia

Com 33 anos de Correio, Marcelo Ferreira construiu sua carreira lado a lado com o fotojornalismo. "Quando entrei no jornal, comecei no laboratório, aprendendo a revelar, copiar e transmitir. Depois, com a prática e a ajuda de grandes mestres da fotografia, como o próprio Wanderley Pozzebom, Ronaldo de Oliveira e José Varella, fui aprimorando o olhar e me tornei fotógrafo registrado, há 25 anos", relembra. Ao longo da trajetória, acumulou registros que se tornaram parte da história. Entre eles, destaca a cobertura de manifestações políticas de grande impacto, como as operações do Exército Brasileiro no Haiti, durante as missões de estabilização do país. "Foram momentos intensos, que exigiam não apenas técnica, mas também sensibilidade para captar a força do acontecimento", afirma.

Marcelo Ferreira - Agricultor com a colheita de feijão, fotografado em 2012

 

Cenário ideal

Quem também recorda com carinho a caminhada pela fotografia é Minervino Júnior, que começou nos anos de 2002 e 2003, quando trabalhava como laboratorista, arquivando fotografias. Foi nesse período que despertou sua vontade de estar atrás das lentes. "Estou há 10 anos nessa caminhada. É um privilégio poder viver aquilo que amo", destaca. Para ele, fotografar Brasília é um exercício diário de criatividade. A cidade, com sua arquitetura moderna e a luz única, é um cenário que se transforma em moldura natural para os fatos jornalísticos. "As curvas de Brasília se cruzam com os acontecimentos e criam um efeito fascinante na fotografia. Quando clico, penso na força daquela imagem no futuro. A foto tem o poder de eternizar um momento, às vezes mais do que o próprio presente", explica.

 

Minervino Júnior/CB - Canteiro de flores em frente à Catedral Metropolitana de Brasília: detalhe de um olhar atento ao belo

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