Barbárie

Último envolvido no esquartejamento de Thalita Berquó é preso no DF

O suspeito, de 18 anos, foi preso pelas equipes da 4ª Delegacia de Polícia (Guará) a partir das investigações conduzidas pela 1ª DP (Asa Sul). Além dele, estão detidos um adolescente e João Paulo Teixeira da Silva, 36

Thalita Berquó foi morta e esquartejada após um desentendimento com traficantes  -  (crédito:  Ed Alves CB/DA Press)
Thalita Berquó foi morta e esquartejada após um desentendimento com traficantes - (crédito: Ed Alves CB/DA Press)

O último envolvido no assassinato de Thalita Marques Berquó Ramos, 36 anos, foi capturado, nesta sexta-feira (12/9), pela Polícia Civil do DF. A vítima foi brutalmente assassinada a facadas e pedradas. Depois, teve o corpo esquartejado e partes jogadas na Estação de Tratamento de Esgoto da Companhia Ambiental de Saneamento do DF (Caesb), na Avenida das Nações.

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O suspeito, de 18 anos, foi preso pelas equipes da 4ª Delegacia de Polícia (Guará) a partir das investigações conduzidas pela 1ª DP (Asa Sul). Além dele, estão detidos um adolescente e João Paulo Teixeira da Silva, 36.

Localização e investigação

A cabeça e as pernas de Thalita foram localizadas por um funcionário terceirizado da Caesb, em 14 e 15 de janeiro, respectivamente. O trabalhador era encarregado pela limpeza do local e executava o serviço três vezes ao dia. Os membros estavam em um tanque onde são escoados resíduos de esgoto provenientes do Guará, Núcleo Bandeirante, área central de Brasília e parte do Riacho Fundo.

A identificação da vítima só ocorreu quase um mês depois, em 13 de fevereiro, após a família registrar o desaparecimento de Thalita.

A polícia concluiu que a mulher foi morta em 13 de janeiro, uma segunda-feira. Segundo a família, Thalita passou o fim de semana na casa de um amigo e de familiares dele, mantendo contato constante com a mãe, por meio de mensagens. No sábado (11/1), fez uma ligação de cerca de 40 minutos para tranquilizá-la, afirmando que estava bem, na companhia desse amigo. Durante a chamada, inclusive, Thalita perguntou se a mãe gostaria de falar com ele, o que de fato ocorreu.

Na manhã de domingo (12/1), mãe e filha voltaram a se falar, já que haviam combinado de ir ao cabeleireiro, acompanhadas da tia. No dia da morte (13/1), a mãe novamente conversou com Thalita, ocasião em que ela disse que iria para casa. A partir desse momento, o contato foi perdido. Estranhando o silêncio da filha, a mãe iniciou buscas por informações junto ao mesmo amigo, que afirmou não saber do paradeiro dela.

Segundo a investigação, na data do crime Thalita embarcou em um carro de transporte por aplicativo, com destino à QE 46 do Guará 2, próximo ao Edifício Valentina, distante poucos metros do Parque Ezequias, onde se encontraria com um colega. Essa foi a última informação do paradeiro dela.

O delegado-chefe da 1ª DP, Antônio Dimitrov, explicou à época que a polícia usou técnicas avançadas para traçar a rota feita pela vítima. De acordo com o investigador, da QE 46 Thalita se dirigiu a um local próximo de invasão para comprar entorpecentes. “Ela foi atraída até o parque e, lá, pagou a droga, dando o celular em troca. Logo em seguida, a vítima pediu o aparelho de volta e isso gerou um desentendimento entre ela e os autores”, esclareceu.

O homem e os dois adolescentes teriam dado várias facadas em Thalita e batido no rosto dela com uma pedra. Depois, a esquartejaram. A polícia chegou à localização do tronco após o adolescente levar as equipes à cova, em 17 de março. O corpo estava envolto por um cobertor. Equipes do Corpo de Bombeiros trabalharam mais de seis horas na escavação. Os braços da vítima não foram encontrados e os suspeitos não souberam responder sobre a localização dos membros.

Com a prisão do terceiro envolvido, a Polícia Civil encerra o caso. O Correio apurou que o menor apreendido já recebeu condenação de três anos. João Paulo Teixeira aguarda audiência e está preso por outra tentativa de homicídio. O MPDF pediu que ele vá a júri popular.

"A família agradece à PCDF e à PM, que fizeram um grande esforço para a prisão de todos os responsáveis pelo crime", afirmou a mãe de Thalita.

 

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postado em 12/09/2025 14:34 / atualizado em 12/09/2025 17:24
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