
A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), no início da tarde deste sábado (18/10), em entrevista ao Correio, lamentou "a fatalidade" e reforçou que as ações do governo "não começaram agora".
"Nós pegamos um governo sucateado na segurança pública, com todas as delegacias fechadas; fizemos a maior contratação de policiais da história do DF. Estamos investindo em monitoramento, há câmeras em todas as cidades. O caso deste crime traz a necessidade de reflexão que precisa ser feita com muita profundidade", avaliou.
Celina Leão diz que se trata de um caso isolado. "Mas nós temos agido no combate ao crime de forma muito rigorosa e acho que tem que se reforçar a percepção do sentimento de impunidade que continua vigorando. É uma reflexão muito necessária. Porque o adolescente, com 16 anos, pode votar. Ele pode fazer várias ações, mas ele não pode ser penalizado?!", aponta.
A governadora em exercício se solidariza com familiares de Isaac Vilhena: "Como é que fica a família vendo um adolescente deste (com cenário impune)? Porque, em três horas, o crime foi solucionado. A Polícia Civil, solucionou e prendeu. Mas você imagina como é que ficam a famílias... Qual vai ser a punição dos (outros) meninos?".
A sistemática reposição de policiais militares, junto com a realização de concursos públicos e de treinamentos amplos de aperfeiçoamento da corporação é salientada por Leão. "A gente precisa reforçar ainda mais a segurança da população. Nós estamos inclusive pedindo ao governo federal que acate nossa solicitação. Fui, pessoalmente, pedir a contratação de mais 1.200 policiais. Tivemos um número de aposentados de 5000 policiais aposentados no último governo", observa Celina.
Apreensão e contestações
O latrocínio ocorrido, ao final da sexta (17/10) na SQS 112 e que resultou na morte de um jovem estudante do Colégio Militar de Brasília, por esfaqueamento, se deu depois do roubo de dois celulares. Na ânsia de recuperar o seu Iphone, o jovem Isaac Vilhena, correu atrás do grupo de adolescentes que cometeu o crime. Depois das investigações, três adolescentes foram apreendidos. Outros quatro foram ouvidos e liberados. Um rastreamento de celular apontou o paradeiro dos jovens, moradores do Paranoá.
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Num primeiro momento, uma testemunha relatou demora nos atendimentos de socorro; pelo dito, os bombeiros teriam levado 30 minutos para chegar, enquanto a ambulância teria demorado uma hora até o encaminhamento para o Hospital de Base. O Corpo de Bombeiros, por meio de assessoria, contesta e apresenta os seguintes horários: teria sido acionado às 18h56 e oito minutos depois, a primeira viatura da corporação iniciava o atendimento. Ainda segundo o registro militar, às 19h31, "houve regulação médica com a Central do Samu, quando foi indicado o hospital para transporte".
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