
Durante o CB Debate Histórias de Consciência: mulheres em movimento, desta quarta-feira (19/11), o advogado e ex-presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos Roberto Caldas destacou que a discriminação racial persiste em todas as esferas da sociedade, inclusive no âmbito judicial.
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O magistrado explica que o dia 20 de novembro representa uma batalha de três séculos atrás, mas que persiste na atualidade: “Amanhã, Zumbi dos Palmares completa 330 anos de morte. Devemos lembrar e celebrar a memória desse grande líder quilombola, do Quilombo dos Palmares, que simboliza a luta de mulheres e homens negros, afrodescendentes, que até hoje enfrentam formas de escravidão econômica que lhes foram impostas”.
Segundo Caldas, no mundo trabalhista o preconceito racial é notório: “No ambiente de trabalho, a discriminação é porta de entrada”. Para exemplificar ele relembrou o caso de Neusa dos Santos Nascimento e Gisele Ana Ferreira Gomes. “Essas mulheres tiveram uma entrevista de emprego marcada, mas ao chegar no local, as informaram que as vagas já haviam sido preenchidas. No entanto, uma mulher branca chegou depois e foi contratada”. Para o advogado, o exemplo demonstra um preconceito estrutural persistente na sociedade brasileira, que deve ser combatido.
*Estagiária sob supervisão de Márcia Machado

Cidades DF
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