Furto

Criminoso acessou Instituto Histórico do DF por porta de vidro discreta

O invasor entrou pelo salão de exposições após pular uma grade externa. Ele acessou o espaço por uma porta pouco visível para quem não conhece a estrutura

Uma câmera instalada no teto da sala de exposições do Instituto Histórico e Geográfico do DF (IHG-DF) registrou parte do furto ocorrido na madrugada desta sexta-feira (14/11). O invasor entrou pelo salão de exposições após pular uma grade externa. Ele acessou o espaço por uma porta de vidro discreta, cuja fechadura fica na parte inferior. A entrada é pouco visível para quem não conhece a estrutura.

Dentro do museu, o homem — de bermuda, regata e chinelo — tentou arrombar a porta que dá acesso à biblioteca e à sala dos servidores. A ação foi percebida pelo zelador Marcelo Cardoso, que monitora as câmeras pelo celular e recebeu alerta de possível invasão às 4h26. Ele acionou a direção imediatamente.

Ed Alves/CB -
Ed Alves/CB -
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Ao todo, foram furtadas 20 medalhas — seis delas comemorativas da instalação dos Três Poderes da República, ofertadas a Juscelino Kubitschek por presidentes de países como Paraguai, Portugal, Cuba, México e Indonésia — e uma máquina de cortar cerca usada pelo engenheiro Joffre Mozart Parada, engenheiro pioneiro da capital. O criminoso deixou manchas de sangue ao se ferir durante o furto. Peritos e papiloscopistas recolheram vestígios ao longo da manhã.

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Filipe Oliveira, diretor do IHG-DF, explica que os bens não têm valor monetário considerável, mas histórico. “São itens que dificilmente vamos recuperar. E que tinha importância grande”, afirmou. Segundo ele, o furto representa a situação vulnerável dos museus presentes no país. “Não é algo restrito ao nosso. Há falta de recursos e estrutura. Este é mais um retrato desse cenário difícil.”

O presidente do IGH-DF, José Theodoro Menck, comentou sobre a falta de policiamento na área. “Por sorte, ele (autor) não teve acesso a documentos importantes e valiosos que guardamos. Este é um museu importante, onde recebemos de 6 a 7 mil alunos por ano. Aqui também funciona como centro de formação de professores de história e de geografia”, disse.

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