
**Por Luiz Francisco
Com uma marca de capacidade de ligar Santa Maria a Formosa, a Companhia Energética de Brasília Iluminação Pública e Serviços (CEB IPes) registrou que, ao longo de 2025, foram furtados 86 quilômetros de cabos elétricos no Distrito Federal. Os registros de furtos são um alerta sobre os impactos do crime na qualidade de vida e na infraestrutura do DF.
Os furtos são constantes e ocorrem em qualquer horário em áreas residenciais, vias movimentadas e pontos históricos e turísticos das regiões administrativas do DF. A equipe de manutenção da CEB IPes reage a cada ataque na substituição dos cabos furtados e, muita das vezes, é necessária a troca de luminárias, reestruturação de circuitos e reconstrução completa do trecho de redes. O esforço eleva custos, retarda outros serviços de manutenção e tornam as cidades-satélites do DF mais desprotegidas por conta da falta de iluminação.
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A Asa Norte é o principal alvo dos criminosos. Algumas áreas da Esplanada, como o Museu Nacional e a Catedral Metropolitana de Brasília, tiveram mais de 500 metros de cabos subterrâneos furtados. O desafio é pelo fato de a capital federal ter uma das maiores redes subterrâneas de iluminação do país, o que preserva o ambiente visual da cidade, mas facilita o acesso clandestino à fiação e dificulta a manutenção.
No DF, apenas com a iluminação pública, o prejuízo foi de R$ 1,6 milhão. Devido ao aumento de registros, o governo federal sancionou a Lei nº 15.181/2025, que endurece as penas para furto, roubo e receptação de cabos elétricos. As punições variam de 2 a 8 anos de reclusão para furto qualificado, de 6 a 12 anos para roubo e podem chegam até 16 anos em casos de receptação.
A Polícia Civil do DF está ciente dos ocorridos e identificou uma quadrilha especializada nos furtos de cabos elétricos. As denúncias e registros de ocorrências são importantes para mapear as áreas afetadas e facilitar as manutenções da iluminação. Os casos podem ser relatados pelo telefone 190 e as informações que auxiliem nas investigações podem ser repassadas pelo 197.
*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

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