Crime

Desavença por drogas e vingança cercam caso de triplo homicídio no DF

Ataque deixou três pessoas mortas na madrugada dessa quinta-feira (18/12), na Chácara 87 do Sol Nascente

A Polícia Civil do DF (PCDF) trabalha com duas linhas de investigação no caso do ataque a tiros que deixou três pessoas mortas na madrugada desta quinta-feira (18/12) na Chácara 87 do Sol Nascente. As vítimas são Ariane Nunes, 40 anos, Wanderson Rios, 17, e José Raivan Vieira, 44. Uma quarta mulher foi socorrida com vida e permanece internada no hospital.

A primeira hipótese é para um possível acerto de contas. Informações preliminares dão conta de que os alvos do atirador seriam José e Wanderson. Os dois tinham passagens pela polícia, incluindo tráfico de drogas. Wanderson era conhecido como “Malfeito” e morava na kitnet onde ocorreu o crime há cerca de três meses. Aos proprietários do imóvel, ele apresentou-se como Melchior e dizia ser maior de idade. Já José, vulgo “Professor”, é apontado como chefe do tráfico de drogas na QNN 19.

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De acordo com o delegado Fernando Fernandes, chefe da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte), a segunda suspeita para o ataque seria o envolvimento de uma das vítimas em um homicídio ocorrido em 22 de novembro, na QNN 19. “Estamos trabalhando para identificar o autor. No local, encontramos cápsulas de bala 9mm.”

Dinâmica

Vídeos de câmeras de segurança obtidos pelo Correio mostram os momentos antes do ataque. A primeira imagem, já de posse da Polícia Civil, mostra as três vítimas caminhando pela rua, à 1h59. Populares disseram que o trio havia ido a uma distribuidora de bebidas da esquina.

Menos de um minuto depois, surge o que parece ser o suspeito do crime. Encapuzado, ele segura um objeto semelhante a uma arma de fogo nas mãos. A mesma câmera flagra o homem correndo dois minutos depois.

Segundo o depoimento da sobrevivente, o primeiro a ser atingido foi José, já dentro da kitnet. Os corpos estavam nos dois quartos e no corredor. Ela só conseguiu escapar, porque escondeu-se debaixo da cama. Depois que o atirador saiu, ela correu para a casa da vizinha e pediu socorro. A polícia e os bombeiros chegaram ao endereço por volta das 2h20.

Os investigadores desconfiam da participação de uma segunda pessoa nos assassinatos, que teria agido como “olheiro”. Até a última atualização desta reportagem, ninguém havia sido preso.

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