Condenação

Chefe do Comboio do Cão, que mandou degolar jovem, é condenado por tráfico

Líder e outros membros da organização criminosa foram condenados pela Justiça do DF. Principal réu, "Chuchu", foi teve pena estipulada a mais de 18 anos

William Silva Miranda, conhecido como “Chuchu”, de 30 anos, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a mais de 18 anos por tráfico de drogas. A Justiça utilizou provas colhidas durante uma operação da 26ª DP (Samambaia Norte) que aconteceu no dia 27 de fevereiro de 2025. Anteriormente, “Chuchu” foi condenado a 31 anos por mandar matar e degolar Samuel Soares Marques, de 14 anos, em 7 de janeiro deste ano. 

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As investigações revelaram que o grupo utilizava distribuidoras de bebidas como fachada para comercializar entorpecentes e ocultar lucros ilícitos através de contas bancárias de terceiros e empresas fictícias. A operação focou na distribuidora “Corujão”, em Samambaia Norte, que também era conhecida por nomes antigos como “Bodega”, “Virote” e “Barril do Chaves”. 
Com o avanço das apurações policiais, ficou constatado que William Silva Miranda exercia a função de liderança e comando da organização criminosa, também sendo apontado como chefe do tráfico na QR 421 de Samambaia. O condenado também selecionava colaboradores e direcionava ações para outros “empregados” do esquema de tráfico, inclusive de seu irmão, Hugo Silva Miranda — vulgo “Chuchuzinho”.  O comando do tráfico era uma rede familiar, Hugo assumiu a liderança operacional após a fuga de William. Desse modo, ele ficava responsável por coordenar o armazenamento e distribuição das drogas. 
Outros réus também foram condenados por participação na rede de tráfico. Maria Eduarda Silva, namorada de Hugo, foi condenada a 12 anos. Ela utilizava sua loja de celulares, a "Ponte do Celular", para dissimular movimentações financeiras e, segundo depoimentos, aceitar aparelhos roubados em troca de drogas.
Gilvan Vieira Saraiva, o “laranja” oficial da organização, era proprietário de uma distribuidora no Recanto das Emas, que pertencia a “Chuchu”. No estabelecimento, Gilvan facilitava o fluxo financeiro da organização. Ele foi condenado a 14 anos de reclusão. Outras pessoas foram condenadas entre 8 e 10 anos de reclusão pela participação no grupo criminoso.

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