CRIME

Comboio do cão: grupo de agiotagem violenta é descoberto e quatro são presos

Investigados usavam lucros do tráfico para cobrar dívidas com ameaças, armas e retenção de veículos

PCDF desarticula grupo criminoso que agia com agiotagem violenta e lavagem de dinheiro -  (crédito: PCDF/Divulgação)
PCDF desarticula grupo criminoso que agia com agiotagem violenta e lavagem de dinheiro - (crédito: PCDF/Divulgação)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) revelou a atuação de um núcleo criminoso que, segundo as investigações, utilizava os lucros do tráfico de drogas para financiar uma rede de agiotagem violenta. O grupo ligado ao Comboio do Cão cobrava dívidas com métodos de intimidação, incluindo ameaças a familiares das vítimas, uso de armas de fogo e até retenção de veículos até a quitação dos débitos. Além disso, os criminosos movimentavam recursos por meio de empresas de fachada e “laranjas”, numa estrutura de lavagem de capitais que sustentava financeiramente o braço da organização.

Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária, nove de busca e apreensão e de sequestro patrimonial, em Águas Claras, Ceilândia e Samambaia, no DF, além de Alexânia, em Goiás. A ação que levou à prisão de integrantes desse núcleo foi realizada nesta quarta-feira (24/9), durante a Operação “Fratelli Bianchi”, conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Decor). 

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As investigações resultaram no bloqueio de dezenas de contas bancárias, além do sequestro de imóveis e veículos ligados aos investigados. A operação mobilizou 90 policiais civis do DF e de Goiás, incluindo equipes da Divisão de Operações Especiais (DOE).

Dois dos principais alvos já tinham condenações recebido expressivas. Um deles soma mais de 46 anos de prisão por crimes como homicídio, tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As apurações também identificaram que esse mesmo investigado chegou a assassinar um integrante da própria facção, mas, em vez de ser punido, o crime acabou reforçando sua liderança dentro do grupo.

Os envolvidos poderão responder por organização criminosa, extorsão qualificada, agiotagem e lavagem de capitais. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão, além de multas.

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DC
postado em 25/09/2025 08:35 / atualizado em 25/09/2025 09:42
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