Covid-19

3ª dose da Astrazeneca pode aumentar resposta imunológica, diz estudo preliminar da Universidade de Oxford

De acordo com pesquisa, evidências ainda não demonstram a necessidade dessa dose de reforço para garantir a imunização contra a doença

Jonatas Martins*
postado em 28/06/2021 17:24 / atualizado em 28/06/2021 17:28
 (crédito: AFP/JOEL SAGET)
(crédito: AFP/JOEL SAGET)

A terceira dose da vacina da Astrazeneca pode aumentar os anticorpos contra a covid-19 e estimular uma melhor resposta imunológica. A informação foi divulgada por um estudo preliminar, sem a revisão de outros cientistas, da Universidade de Oxford nesta segunda-feira (28/6). De acordo com a pesquisa, evidências não demonstram a necessidade dessa dose de reforço para garantir a imunização contra a doença.

Ao examinar os efeitos de um atraso de até 45 semanas entre a primeira e a segunda dose nos participantes, os resultados apontaram que os níveis de anticorpos aumentaram após uma segunda dose atrasada. Outras pesquisas são necessárias para examinar os dados, acompanhando os participantes que receberam a terceira dose além do período que fazia parte do estudo inicial.

Além disso, os efeitos colaterais da vacina foram toleráveis e com menor incidência após a segunda e terceira doses. Os pesquisadores descobriram que a resposta dos linfócitos e a resposta imune contra variantes também foram reforçadas.

Em entrevista para o site da Universidade de Oxford, Andrew Pollard, professor de imunologia, afirmou que isso pode ser uma notícia tranquilizadora para países preocupados com atrasos no fornecimento de doses para suas populações.

Teresa Lambe, autora principal dos estudos, também comentou que os resultados são encorajadores se for descoberto que uma terceira dose é necessária. Ela ressaltou que não se sabe se o reforço será essencial devido ao declínio da imunidade ou para aumentá-la contra outras variantes preocupantes.
Foram analisados 30 participantes que receberam uma segunda dose tardia e 90 que receberam uma terceira dose. Todos tinham menos de 55 anos.

Outros dois estudos divulgados pela universidade indicam que combinar uma vacina anticovid-19 da Pfizer/BioNTech após outra da AstraZeneca/Oxford e também dar um espaço de vários meses entre as duas doses desta última melhoram substancialmente a imunidade.

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