CIÊNCIA

Cientistas descobrem primeiro isótopo pesado de urânio; entenda

Isótopos são átomos do mesmo elemento, mas com massas diferentes. Segundo os autores do estudo, a descoberta pode ajudar a refinar os modelos nucleares existentes

Correio Braziliense
postado em 18/04/2023 16:28 / atualizado em 18/04/2023 16:28
Os pesquisadores do estudo mediram as massas de 19 núcleos ricos em nêutrons e descobriram um novo isótopo de urânio no processo -  (crédito: Reprodução/Freepik/rawpixel.com)
Os pesquisadores do estudo mediram as massas de 19 núcleos ricos em nêutrons e descobriram um novo isótopo de urânio no processo - (crédito: Reprodução/Freepik/rawpixel.com)

Pela primeira vez na história, cientistas japoneses anunciaram que irão produzir Urânio-241. Esse elemento possui meia-vida mais longa se comparado aos outros, o que possibilita o estudo das propriedades, abrindo caminho para a melhor compreensão de como os átomos ricos em nêutrons se comportam.

Os pesquisadores do estudo, publicado no Physical Review Letters (e que você pode ler na íntegra neste link), mediram as massas de 19 núcleos ricos em nêutrons e descobriram um novo isótopo de urânio no processo. Isótopos são átomos do mesmo elemento, mas com massas diferentes. "Essas medições testarão e refinarão os modelos nucleares existentes", pontua o site do periódico da pesquisa.

O pesquisador Toshitaka Niwase, junto com a equipe de estudo, disparou partículas de urânio-238 e platina-198 juntas, e produziram 19 isótopos diferentes de protactínio, urânio, neptúnio e plutônio. Dezoito deles eram familiares, mas os átomos do U-241 foram encontrados na mistura. Depois, os elementos foram classificados por peso.

O estudo mediu com precisão as massas de 19 núcleos ricos em nêutrons, descobrindo um novo isótopo de urânio no processo
O estudo mediu com precisão as massas de 19 núcleos ricos em nêutrons, descobrindo um novo isótopo de urânio no processo (foto: Divulgação/Physics/APS/Carin Cain)

O uso prático desse isótopo de urânio é improvável, mas os responsáveis pela pesquisa ressaltaram que a descoberta contribui para o desenvolvimento de estudos futuros. "Os pesquisadores dizem que o uso de reações de transferência multinucleon combinadas com espectrometria de massa de tempo de voo fornece uma nova maneira de sondar os limites da paisagem nuclear. Eles também sugerem que outras combinações de núcleos de feixe e alvo podem ser usadas para sintetizar e estudar núcleos que possuam até 154 nêutrons", diz a pesquisa.

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